quinta-feira, 26 de abril de 2018

Relembrando: Xuxá (Siuscia) - Parte I de II

Na década de 50, a Editora Vecchi trouxe da Itália, uma revista de bolso horizontal de uma tira por página. Chamou-a de Xuxá (Siuscia), o garoto invencível. Seu lançamento, na primeira semana de novembro, no entanto, desagradou o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Comercial do Rio de Janeiro, Alvaro Mandarino, porque os cartazes para promover a revista, espalhados pelas ruas do Rio, mostravam duas crianças com armas na mão.



No dia 7, Mandarino enviu um telegrama ao presidente Getúlio Vargas, em tom dramático, no qual pedia a suspensão da revista. "Apelamos em última instância a Vossa Excelência, pois é impossível educar nossas crianças com exemplos tão perniciosos ." Apesar de o telegrama ter merecido nota em alguns jornais cariocas, o governo não atendeu o pedido.



A revistinha se tornaria uma das publicações mais populares da década. Em 1.913, fundou-se no Rio de Janeiro a Casa Editora Vecchi. A Vecchi brasileira começou imprimindo folhetins com novelas em continuação,que eram vendidas semanalmente ( ás vezes de porta em porta ) com sucesso. Logo foi enveredando por outras linhas de publicação, como livros - a Vecchi foi pioneira em traduções de André Maurois, Ibsen, Malreaux , André Gide, Zola, Dostoievski e muitos outros - revistas , literatura infantil e quadrinhos.

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