Até a chegada do grande vencedor do espaço americano - o trem - os
colonizadores do território tiveram que lançar mão de muitos expedientes
para resolver o problema de transporte de passageiros e correspondência
através das imensidões do Oeste . Somente dessa maneira as pessoas se
fixariam ás terras conquistadas. E se a carroça foi o símbolo da
conquista , a diligência foi a marca do povoamento do enorme Oeste
americano.
A DILIGÊNCIA : - Em 1.845, as fronteiras dos Estados Unidos
atingem os contornos atuais. Mas há o grande vazio do Oeste a ser
preenchido. O correio do leste demora cinco meses pela rota marítima
através do Cabo Horn . E então que surge a diligência, já usada com
eficiência no leste desde 1.813. Mas, para aquela região, era necessário
um modelo que se adaptasse ás trilhas caóticas do território, abertas, á
princípio para os mineradores de ouro e suas carroças. Dessa
forma,vários tipos inspirados nos modelos da Europa distante foram
usados e logo abandonados, até serem resumidos num modelo ideal, que nem é
necessário descrever, pois a diligência já foi imortalizada nos filmes
de faroeste : aquela clássica correndo em disparada, sempre perseguida
por assaltantes ou índios.
Uma das virtudes da diligência, a
stagecoach, era a sua incrível estabilidade, garantida pelo centro de
gravidade situado num nível bastante baixo e pela diferença entre os
diâmetros das rodas dianteiras e traseiras. A cabine era apoiada sobre
fortes correias de couro presa ao eixo, e a distância entre as rodas da
frente e as de trás foram calculadas de maneira a evitar solavancos mais
violentos. A aparência, por sua vez, era elegante, pintada com cores
vivas, geralmente azul ou vermelho ou uma combinaçao das duas cores. Na
porta, uma lembrança do país de pioneiros : gravuras da mitologia
greco-romana. Ao lado do cocheiro, seguia um guarda armado com um potente
rifle.
Na traseira uma espécie de mala para bagagem e, sobretudo, o
correio e valores, o alvo principal dos assaltantes. Completando o
sistema, havia várias estações colocadas ao longo das rotas, para troca
dos cavalos e descanso dos passageiros. Tratava-se de uma organização bem
feita e um esquema bastante amplo, que envolvia cerca de mil
empregados, 1.800 cavalos e 250 veículos. Ao que tudo indicava, o Oeste
havia chegado ao transporte perfeito e seguro para as suas comunicações.
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