quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Histórias em Quadrinhos Parte 3

O que há de essencial nas historietas é o processo.O processo classifica as leituras de histórias em quadrinhos.Se trocarmos o conteúdo das histórias, podemos mudar os assuntos e os temas á vontade sem que o gênero quadrinhos deixe de ser o mesmo.Mas, se trocarmos o processo, contando a história á moda de textos paginados, deixará de haver leitura em quadrinhos.

Al Capp,o famoso criador de "Ferdinando" foi apontado por John Steinbeck (Premio Nobel de Literatura com Vinhas da Ira) como o "maior escritor dos Estados Unidos". Capp disse que : "As histórias em quadrinhos são o melhor tipo de arte em produção na América .Muita gente não acredita nisso por causa de uma lavagem cerebral que levou a maioria a pensar que nada desenhado a caneta ou lápis,em forma de tiras, pode ser arte. Mas se você desenhar a mesma coisa em formato gigante e a óleo, pronto,o negócio vira arte.

Puro esnobismo. Um trabalho artístico é um trabalho artístico,quaisquer que sejam as formas e o material empregado".Rui Castro,estudioso das historietas,diz que as revistas em quadrinhos,reproduzidas em massa,penetram por todos os poros de consumo,nas revistas especializadas,nas tiras de jornais nos suplementos e até nas revistas ditas sérias,impondo-se a estes e animando-os.

Ao contrário do que sucede nestes, onde são quase sempre alienados,os heróis das historietas estão no cerne da realidade-não aquela compartimentada e estanque,mas a realidade mais ampla da aldeia tribal.

Relembrando... Bonanza

Da TV para os quadrinhos,aqui está BONANZA. A série famosa que tanto sucesso fez no mundo inteiro. O que é bom merece ser revisto e neste caso,nada mais natural. São histórias que trazem sempre um notável conteúdo.



E o desenho, simples,direto,é de efeito.Esta é uma nova revista de histórias sobre o Oeste Bravio. Mas histórias verdadeiramente de faroeste. As histórias inigualáveis da familia Cartwrigth-uma legenda nas pradarias. Trazendo de volta as grandes cavalgadas,a lei das pistolas,a vida dura dos criadores de gado,o perigo em cada canto.



Quem não tem simpatia pelo velho Ben Cartwright e seus três filhos. Todos, bons de briga, mas, acima de tudo generosos e idealistas. Para melhorar o lado selvagem onde vivem,eles procuram agir da melhor maneira.Usam aquele jeitinho que sómente os mocinhos interpretados por John Wayne e Gary Cooper sabiam mostrar.



E sempre se saem bem, ganhando os aplausos de todos os curtidores de faroeste. No primeiro número,os Cartwrigth se movimentam nas aventuras intituladas " Os Caminhos da Neve" e "Espadins no Rio Paiute". Duas grandes histórias para valorizar ainda mais os quadrinhos do gênero. São aventuras que carregam sempre o inesperado,a originalidade e um saudável humor.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Vamos falar sobre o Natal!

Era a noite mais linda que se possa imaginar. Havia em tudo uma grande paz,estava impregnado de suaves perfumes,o ar que se respirava.Subitamente brilharam mais intensamente as estrelinhas do céu,enquanto uma,depois de correria louca pelos caminhos etéreos,veio parar no lugar onde se erguia humilde presépio.

Ouviu-se então ,um coro maravilhoso de vozes suavíssimas que não podiam pertencer a seres humanos.Nascera, cumprindo as profecias,em berço humilde, JESUS de NAZARÉ, filho de DEUS.O carpinteiro José contemplava embevecido a manjedoura onde repousava o menino.Perto, a virgem Maria tinha nos olhos dulcíssimos uma névoa de tristeza.

Talvez pensasse no sacrifício que haveria de fazer aquele Menino pela redenção de gênero humano.Em pouco a Boa Nova se espalhou-se por toda parte.Nascera o Salvador.E de muito longe vieram os magos a adorar o pequenino Deus que escolhera um estábulo para nascer,na mais tocante lição de humildade.Em todos os corações brilhou intensamente a grande luz da esperança.Chegara, para os homens , a salvação, naquela noite que foi a mais bela do mundo.

Para todos eu desejo um Feliz Natal!!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A tristeza da guerra ilustrada em quadrinhos

Olá, pessoal! Hoje irei falar sobre o excelente "Conflito do Vietnã" (The Nam no edição americana), lançado pela Marvel Comics ente os anos 1986 e 1993. Lembrando muito filmes como Platoon e Apocalipse Now, em "Conflito do Vietnã" não é uma luta de mocinhos e bandidos. É uma guerra real, sangrenta e covarde, onde o mais importante é sobreviver.

Bem-vindos ao inferno!


Com o roteiro de Doug Murray (que serviu no Vietnã) e desenho de Michael Golden, "Conflito do Vietnã" é um carrosel de emoções pelas suas páginas: um momento triste pode ser torna alegre em pouco tempo e  vice-versa. As histórias são focadas na camaradagem e brigas da 23ª Companhia com a Guerra do Vietnã como pano de fundo. E lógico, sem esquecer as figuras históricas e reais que fizeram parte deste acontecimento.

Tristeza e alegria se revezam nas páginas de "Conflito do Vietnã"


Iceman, Pig, Daniels, Rob, entre outros soldados são expostos mostrando seus medos, suas alegrias, suas famílias e suas perdas. E não pense que todos estã seguros para saírem intactos desta guerra, pois diante de uma arma, até o melhor soldado é tão frágil quanto porcelena.

Não procure mocinhos e bandidos aqui!


Uma coisa muito legal nas revistas é que no rodapé vinha o sginificado das gírias usadas pelos personagens, como clics (que significa quilômetros) ou rock and roll (que significa tiroteio sem parar).

É hora do Rock and Roll!


Na última edição lançada no Barasil (nº 19) ainda temos a presença do Capitão América, Homem-de-Ferro e Thor, porém, como uma divertida imaginação de um dos soldados que se pergunta "E se este heróis viessem lutar esta guerra".

Thor, Capitão America e Homem-de-Ferro capturam Ho Chi Minh (quer conhecer um pouco mais sobre ele? Clique aqui!) e terminam com a guerra! (claro, isto é só uma imaginação)


"Conflito do Vietnã" prende sua atenção do começo ao fim! Excelente história, personagens carismáticos, assuntos como dorgas, racismo, questões morais, enfim, ingredientes não faltam para você começar a ler e refletir sobre os efeitos que a guerra causa no homem.

Toda guerra deixa cicatrizes expostas e escondidas!


Abaixo, as capas das revistas:





















Mas para frente farei um post sobre a Guerra do Vietnã! Mas se você quiser saber um pouco mais sobre este conflito, clique aqui!

Pessoal, é isto! Saibam que estou esperando por vocês na minha loja "Túnel do Tempo" com este e muitos outros títulos!


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Relembrando... Jerônimo - O Herói do Sertão

Diariamente,de segunda a sexta-feira, no ano de 1953, no horário das 18:35 hs,a Radio Nacional do Rio de Janeiro tem apresentado as aventuras de "Jerônimo,o Herói do Sertão",de Moisés Weltman.Mais de 20 histórias já foram irradiadas,tendo como figura central o bravo Jerônimo,que,ao lado de Moleque Saci (Cahuê Filho) e de Aninha (Dulce Martins)tem enfrentado os maiores perigos,lutando pelo bem,contra o mal,o crime e a injustiça.



Para atender ao grande público ( da época )que,além de ouvir,quer ver seus heróis.Jerônimo vem do microfone para as páginas de uma revista em quadrinhos.Aproveitando o sucesso da novela radiofônica criada por Moisés Weltman em meados da década de 50,a Rio Gráfica Editora lançava em revista própria,este personagem desenhado por Edmundo Rodrigues.



A série Jerônimo,o Herói do Sertão,narrava as aventuras de um jovem vaqueiro em luta com cangaceiros no sertão nordestino.O Jerônimo,era um cavaleiro errante colocado nos sertôes do Brasil.Era o defensor dos fracos e oprimidos,lutando para que se fizesse justiça,no sertão.Filho de Maria Homem,sua mãe,era uma mulher de pulso forte,que lhe ensinou aas diferenças entre o bem e o mal.As crianças na época,adoravam o moleque Saci um negrinho endiabrado que aprontava e era o companheiro de Jerônimo e Aninha,sua noiva.



Em 1972 Jerônimo é adaptado para a televisão pela TV Tupi. O protagonista foi interpretado por Francisco di Franco, o comediante Canarinho era o Moleque Saci e Eva Christian, Aninha. Em 1984, Jerônimo ganhou um remake do SBT. Francisco di Franco interpretou novamente o herói e a atriz Suzy Camacho interpretou Aninha. O remake não fez tanto sucesso como a versão anterior e foi encerrado em 1985. O SBT ainda o reprisaria em 1991 novamente obtendo pouca audiência

Moleque Saci e o herói Jerônimo

E aqui Aninha e Jerônimo.

Entrevista para Expocomics

Olá pessoal! Mais uma entrevista que eu dou falando sobre a importância dos quadrinhos! Esta entrevista foi realizada na Expocomics em Taubaté, neste ano, e eu tive o prazer de conversar com a "Entrementes - Revista Digital de Cultura". Abaixo segue o vídeo da entrevista:


Espero que vocês tenham gostado!!!!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

História em Quadrinhos Parte 2


O fato de condenar logo no início jornal, cinema e rádio já é tido como normal, pois alguns educadores e moralistas investiram contra os primeiros jornais os primeiros cinemas e os primeiros rádios. Até que ficou evidente que jornal, cinema e rádio, tanto podem prestar fins educativos como, como não educativos.

 A importância e o valor que se dá atualmente ás histórias em quadrinhos-também conhecida como os "romances proletários da América"- provem em grande parte do simples fato de serem lidas diariamente por milhares de pessoas das mais variadas idades. Se as historietas são assim tão lidas, é porque pelo menos devem ser um fenômeno social a ser estudado e analisado.

O Instituto de Pedagogia da Universidade de Roma chegou a surpreendente conclusão de que os quadrinhos são mais importantes que a televisão, a imprensa, o rádio ou o cinema como forma de entendimento entre os homens. Hoje, é bem mais fácil aceitar esta tese.

Ninguém duvida que, se colocarem homens, mulheres e crianças de Nova Zelândia, América do Sul ou África diante das figuras de “Super-Homem, Batman, Tarzan ou Tio Patinhas”, todos entenderão suas aventuras, pois estes personagens falam uma língua internacional. Um balão com fumaça de explosão acompanhado de um "buumm”, pode ser entendido por qualquer pessoa.

Essa é a segunda parte da “História dos Quadrinhos “, vamos mergulhar nesse universo em três partes que publicaremos semanalmente.

Até semana que vem!
Jorge Hata.

Recorda é viver - Parte 2

Olá pessoal! Novamente vou recordar de alguns eventos que realizei. Primeiro, algumas fotos de um vento realizado na ADC Ford, em junho de 2011:










Agora, de um evento realizado no Senac-Taubaté, realizado em outubro deste ano:




"Una niña" muito atual!

Ela é a personagem principal de uma história em quadrinhos humorística,foi criada por Quino (Joaquim Salvador Lavado ),é uma menina-nas histórias,sua idade varia entre 6 e 8 anos de idade-é irriquieta,rebelde,pessimista e politizada,vive em um lar típico da  classe média-seu pai trabalha num escritório e sua mãe é dona de casa,tem por hábito analisar criticamente a realidade política,ecônomica e social de seu país e do resto do mundo.gosta das musicas dos Beatles,não gosta de tomar sopa que sua mãe prepara com frequência,recusa-se a aceitar o mundo tal como ele é,está sempre fazendo perguntas embaraçosas a seus pais e é ,sem dúvida,uma das figuras mais conhecidas dos quadrinhos argentinos. ela é Mafalda.

As tirinhas da Mafalda poderiam ser utilizadas nos dias atuais!


As primeiras histórias de Mafalda apareceram em "Primera Plana",um semanário de atualidades,no final de Setembro de 1.965,quando Quino já era considerado um dos mais importantes desenhistas humorísticos da Argentina.Nessas primeiras histórias estavam presentes sómente Mafalda e seus pais,cujos nomes nunca foram revelados.

A Mafalda tem 51 anos e o país continua em crise!


Com o tempo,porém,novos personagens,quase todos da mesma idade de Mafalda,começaram a surgir nas histórias : Felipe,o idealista,Susanita,alienada,que sonha apenas em se casar e se tornar dona de casa e mãe,Manolito,o futuro homem de negócios-curiosamente,ele é o mais obtuso do grupo,Miguelito,o convencional ,Guille,o irmão mais novo de Quino-"um reflexo da verdadeira dimensão que a liberdade tem dentro da sociedade".As histórias de Mafalda,contadas em mais de 2 mil tiras foram realizadas entre setembro de 1.964 e junho de 1.973.Apareceram originalmente no jornal El Mundo e nas revistas Primera Plana e Siete Dias Ilustrados,e,em sua maioria,publicado pela Livraria Martins Fontes Editora,de São Paulo.Apesar do  título,Toda Mafalda,nele estão faltando as primeiras e as últimas tiras da personagem,que sómente foram coligadas no Album Mafalda Inédita,tambem editado pela Martins Fontes.

Jim das Selvas

Criado com o propósito de concorrer diretamente com Tarzan,nascia em 1.934,este personagem criado por Alexander Gillespie Raymond,que lançara no  mesmo ano Flash Gordon e Agente Secreto X-9.No princípio,Jim das Selvas é um explorador-caçador sempre acompanhado de um hindu chamado Kolu.Depois surgiria na série a inclusão de Lil,namorada de Jim,mas que anteriormente andara com malfeitores.Sua ação,quase sempre tem lugar,na Oceania (Malasia,Java,etc...).


Jim das Selvas e Kolu prontos para mais uma aventura!

O nome verdadeiro de Jim das Selvas é James Bradley. Ele foi apelidado de Jim das Selvas porque era um dos melhores caçadores das florestas de Sumatra, Borneo, Malásia e Bengala

Jim das Selvas mostrando para o crocodilo quem é que manda


No cinema,o papel de Jim das Selvas foi vivido  por Johnny Weissmuller,que também vivera Tarzan.A partida de Raymond para a guerra em 1.944,marcaria também o abandono da série que seria a partir daí desenhada por Paul Norris.Jim das selvas era publicado no Suplemento Juvenil e no Globo Juvenil e atualmente em tiras dos jornais. Na televisão, foi produzido em 1937 um seriado de 12 capítulos pela Universal Pictures estrelado Grant Withers. Entre 1955 e 1956 foi produzido para TV um seriado com 39 episódios pela Screen Gems. Este seriado foi estrelado por Johnny Weissmuller, que também vivera o personagem no cinema.

À direita, Johnny Weissmuller dá vida ao personagem Jim das Selvas! À esquerda, Grant Withers interpreta o herói!


Abaixo algumas cpas do quadrinho Jim das Selvas: