O que há de essencial nas historietas é o processo.O processo classifica
 as leituras de histórias em quadrinhos.Se trocarmos o conteúdo das 
histórias, podemos mudar os assuntos e os temas á vontade sem que o 
gênero quadrinhos deixe de ser o mesmo.Mas, se trocarmos o 
processo, contando a história á moda de textos paginados, deixará de haver
 leitura em quadrinhos.
Al Capp,o famoso criador de "Ferdinando" foi 
apontado por John Steinbeck (Premio Nobel de Literatura com Vinhas da 
Ira) como o "maior escritor dos Estados Unidos". Capp disse que : "As 
histórias em quadrinhos são o melhor tipo de arte em produção na América
 .Muita gente não acredita nisso por causa de uma lavagem cerebral que 
levou a maioria a pensar que nada desenhado a caneta ou lápis,em forma 
de tiras, pode ser arte. Mas se você desenhar a mesma coisa em formato 
gigante e a óleo, pronto,o negócio vira arte.
Puro esnobismo. Um trabalho 
artístico é um trabalho artístico,quaisquer que sejam as formas e o 
material empregado".Rui Castro,estudioso das historietas,diz que as 
revistas em quadrinhos,reproduzidas em massa,penetram por todos os poros
 de consumo,nas revistas especializadas,nas tiras de jornais nos 
suplementos e até nas revistas ditas sérias,impondo-se a estes e 
animando-os.
Ao contrário do que sucede nestes, onde são quase sempre 
alienados,os heróis das historietas estão no cerne da realidade-não 
aquela compartimentada e estanque,mas a realidade mais ampla da aldeia 
tribal.
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