O mesmo progresso que transformou cowboys e indios do Oeste, em apenas 
uma lembrança, também serviu, com o cinema, para que a imagem desses homens
 corajosos permanecesse eterna na memória de todas as pessoas como um 
testemunho vivo de uma época gloriosa, que para alguns, como os 
indios, teve um final melancólico. O cinema foi o responsável, junto com a
 literatura, pela preservação de uma vida que o progresso levou. 
Constituindo-se num dos gêneros mais populares da tela, os filme de 
bang-bang foram uma das primeiras manifestações dessa arte, que nasceu 
no final do século passado - o cinema.
Como já foi visto, Buffalo 
Bill foi um dos primeiros a aparecer em fitas cinematográficas, mostrando
 a preferência do publico pela saga do homem do Oeste. A princípio, os 
filmes eram apenas cenas documentais, registrando aspectos do Oeste, ou 
façanhas vividas pelos cowboys que se tornaram famosos nos folhetins da 
época. Os filmes de enredo foram surgindo aos poucos. No início, foram 
realizados apenas episódios curtos, já que os aparelhos de projeção eram 
enormes e os filmes não podiam ultrapassar algumas dezenas de metros. 
Entretanto, com o sucesso crescente, o público passa a exigir cada vez 
mais.
Nas grandes cidades é a primeira vez que os cowboys estão sendo 
vistos, e a coragem que demonstram e os perigos porque passam, excitam a 
imaginação do público, ávido por diversão. A partir do início deste 
século, os filmes passam a ser baseados em argumentos verídicos, exaltando
 o espírito cavalheiresco daqueles homens rudes e começam também a 
aparecer os índios - sempre como perigosos e sanguinários vilões e, no 
final, dizimados pelo valente cowboy. Um exemplo clássico é o filme 
Salvamento de uma criança dos índios, em que uma criança é salva das 
"garras selvagens", de um bando de peles vermelhas. E começam a surgir os
 "heróis", um novo tipo de ator recrutado do teatro para encenar os 
acontecimentos vividos pelo homem do Oeste.



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