Assim sendo, a Rio Gráfica sempre teve problemas de falta de material, e
como a revista era um sucesso e não podia parar o negócio era apelar
para todo tipo de solução. Alguns outros heróis eram retocados e
transformados no Cavaleiro Negro pelos desenhistas do Staff interno da
Rio Gráfica. Depois os brasileiros passaram a escrever e desenhar as
histórias do Cavaleiro Negro. Entre outros , Walmir, Milton Sardella ,
Juarez Odilon, José de Arimathéia, e até mesmo Flavio Colin. As
histórias produzidas no Brasil se alternavam, de acôrdo com as diversas
fases, com as outras retocadas de outros cowboys norte-americanos. A bem
dizer, a revista nunca teve uma unidade : de dez em dez números, a
fórmula era completamente diferente e a única copia igual era o
logotipo.
Nos últimos números lançados no final da década de 60 e quando
a revista era a cores, quem alimentava a revista na realidade eram os
espanhóis, pois as histórias do Cavaleiro Negro nada mais eram que as do
personagem Gringo, pertencente á Selecciones Ilustradas. Gringo
desaparecia e no seu lugar eram enxertados desenhos de
Walmir, substituindo a figura do herói, ora pelo Cavaleiro Negro, ora pelo
Dr. Robledo. Algumas legendas explicando que o médico havia se
transformado no Cavaleiro eram acrescentados e, quanto ao cavalo, nem
sofria retoques. Essa prática é terrivelmente condenada pelos
apreciadores de quadrinhos mais esclarecidos ,mas o grande público jamais
percebeu. No final, não havia mais Gringo para retocar e a publicação
foi suspensa mais por comodidade do que por qualquer outra coisa, se não
fosse isso , provavelmente o Cavaleiro Negro estaria cavalgando até hoje.
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