segunda-feira, 5 de março de 2018

"Cavaleiro Negro " .... RELEMBRANDO.. Parte ....... III ........de ........ III

Assim sendo, a Rio Gráfica sempre teve problemas de falta de material, e como a revista era um sucesso e não podia parar o negócio era apelar para todo tipo de solução. Alguns outros heróis eram retocados e transformados no Cavaleiro Negro pelos desenhistas do Staff interno da Rio Gráfica. Depois os brasileiros passaram a escrever e desenhar as histórias do Cavaleiro Negro. Entre outros , Walmir, Milton Sardella , Juarez Odilon, José de Arimathéia, e até mesmo Flavio Colin. As histórias produzidas no Brasil se alternavam, de acôrdo com as diversas fases, com as outras retocadas de outros cowboys norte-americanos. A bem dizer, a revista nunca teve uma unidade : de dez em dez números, a fórmula era completamente diferente e a única copia igual era o logotipo.



Nos últimos números lançados no final da década de 60 e quando a revista era a cores, quem alimentava a revista na realidade eram os espanhóis, pois as histórias do Cavaleiro Negro nada mais eram que as do personagem Gringo, pertencente á Selecciones Ilustradas. Gringo desaparecia e no seu lugar eram enxertados desenhos de Walmir, substituindo a figura do herói, ora pelo Cavaleiro Negro, ora pelo Dr. Robledo. Algumas legendas explicando que o médico havia se transformado no Cavaleiro eram acrescentados e, quanto ao cavalo, nem sofria retoques. Essa prática é terrivelmente condenada pelos apreciadores de quadrinhos mais esclarecidos ,mas o grande público jamais percebeu. No final, não havia mais Gringo para retocar e a publicação foi suspensa mais por comodidade do que por qualquer outra coisa, se não fosse isso , provavelmente o Cavaleiro Negro estaria cavalgando até hoje.

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