A 4 de Julho de 1.898, o balão "Le Brésil" subia ao ar diante do espanto
geral, pois a verdade é que o fato representava autêntica revolução, dado
que o material até então empregado na construção de balões era
pesadíssimo. Isso mesmo acentuou toda a imprensa parisiense na manhã
seguinte, ao noticiar a proeza e destacar as pequenas dimensões do
aerostato, diâmetro de 6 metros, volume de 113 metros cúbicos de gás.
Santos Dumont, porém,não se envaidece com os elogios e prossegue
realizando ascensões em outros aparelhos que faz construir, como o
enorme "Amérique ", enquanto seu cérebro é constantemente trabalhado pelo
problema da direção dos aerostatos.
Sabia muito bem, que em 1.852, Henry
Giffard conseguira dirigir sofrivelmente um balão e que em 1.885,
Renard e Krebs haviam realizado vôo dirigido, utilizando motor a
eletrecidade. Mas,então, porque havia sido abandonada a idéia do
dirigível, perguntava-se a si mesmo o moço brasileiro ? Variavam as
opiniões. Para uns, como o perito Machuron, a velocidade do vento era o
grande responsável pelo abandono da idéia do dirigível. Para outros o
problema residia no pêso do motor. Depois de refletir longamente, Santos
Dumont concluiu que a questão residia mesmo, no peso do motor;
Após uma
série de experiências realizadas na oficina da Rua do Coliseu número
43, dirigiu-se ele ao seu velho conhecido Lachambre, encomendando um balão
de novo tipo ; - "O senhor está completamente louco, foi a resposta de
Lachambre ao saber dos planos de Dumont " .Um motor a explosão sob
invólucro de hidrogênio é incendio na certa. Depois de muita
discussão.resolveu-se afinal, a construir o tal balão, porque, como
declarou mais tarde, estava convencido de que o mesmo ,jamais deixaria a
terra.
Se o problema da navegação aérea pudesse ser resolvido com o
motor a petróleo, outros já o teriam feito, argumentava o francês com os
seus botões. Os acontecimentos provariam que não era bem assim
....."Santos Dumont n: 1 foi o nome dado a esse primeiro dirigível, que
media 25 metros de comprimento e era acionado por 2 pequenos mototres
com a força total de 3,5 H.P., que movimentavam uma hélice de 120
rotações por minuto.
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