De todas as revistas de faroeste que já circularam no Brasil, a que teve
vida mais longa foi , o Cavaleiro negro. A revista que durou quase vinte
anos, chegou a invejável marca dos 245 números, só sendo superada por Fantasma, Mandrake e recruta Zero. No início da década de 70, quando a
Rio Gráfica encerrou praticamente todas as suas revistas em quadrinhos,
o Cavaleiro Negro foi uma das poucas a sobreviver, durando mais alguns
anos e, se acabou, mais por falta de material do que propriamente
por falta de publico.
Durante toda a sua trajetória, apesar das
constantes trocas de desenhistas, e de estilo das hsitórias, o Cavaleiro
Negro manteve um público bastante fiel.. O personagem é de procedência
norte-americana e no original se chama Black Ryder, entretanto, no seu
país de origem não fez tanto sucesso quanto no Brasil. Naqueles
tempos, os editores estavam experimentando de tudo para que suas máquinas
pudessem continuar imprimindo toneladas de gibis dos tempos áureos e
não ir a falência e a editora Atlas não podia ficar atrás. Seus homens
de criação deram tratos a bola e, ao lado dos monstros pavorosos e das
mocinhas apaixonadas que enchiam as páginas de revistas de terror e
amor, trataram de tirar do forno, um batalhão de cowboys, dos quais o
Cavaleiro Negro era um dos mais interessantes.
O que o destacava dos
demais caubóis era que ele no fundo, era igualzinho a um super herói, só
que atuava no faroeste norte americano. Tinha uma identidade secreta
como todo super herói que se preza: na vida real, era o tímido Dr.
Robledo (Doc Masters ). Ninguém desconfiava que o desajeitado médico que
cavalgava um pangaré preguiçoso, Molenga , podia ser o famoso herói
mascarado que era o terror dos bandidos. Até aí nada de mais, pois o
legendário Zorro (de Capa e Espada) também se fingia do medroso Don
Diego de La Vega, e colocando a máscara da raposa, mudava de
personalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário