É um verdadeiro palácio das histórias em quadrinhos . O ambiente é um
misto de estúdio de cinema, redação de jornal e jardim de infância - uma
autêntica fábrica de sonhos. Trabalham na editora cerca de 30
desenhistas num sistema de linha de montagem ; uns desenham
letras, outros montam as legendas, outros se especializam em desenhar os
"balões" (onde são inscritos os diálogos), etc... Os desenhos importados
da Italia, França, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos, são
inteiramente remontados na linha da editora: cenas são modificadas, sua
sequência reorganizada, certas passagens suprimidas ou mesmo inteiramente
reescritas e, as vezes, quando surge um personagem mais ou menos
despido, alguns especialistas se incumbem de dar-lhe um traje mais
conveniente, é com este sitema de trabalho que Aizen consegue editar 30
publicações diferentes por mês, com uma tiragem total de 2 milhões de
exemplares.
As histórias em quadrinhos da fábrica Aizen são divididas em
categorias. Para crianças, são editadas Papai-Noel ( Tom & Jerry) ,
Popeye, Possante, Capitão Z, Mindinho e Pinduca. Para os maiores de 13
anos, publica-se O Herói, Batman, Superman, Gene Autry , Roy Rogers,
Tarzan ,Super-X , Aí Mocinho , Reis do Faroeste e Zorro. Para as moças e
rapazes Aizen dedica : Cinemin, Seleções de Idílio, O Idílio, e
Rosalinda. Epopéia , Edição Maravilhosa e Pequenina, são especialmente
publicadas para os adultos, que no Brasil,.como em outros países,são
grandes consumidores das histórias em quadrinhos.
Neste sentido, aliás,
Aizen é muito rigoroso, tendo inclusive organizado os Dez Mandamentos
para uso interno, onde se prevêe desde a feição brasileira para as
histórias até a proibição de serem abordados assuntos políticos e
religiosos. O Grande mérito de Aizen, porém, é a Edição Maravilhosa que
apresenta resumos honestos e cuidadosos de clássicos universais.
Entretanto, o próprio Aizen afirma que os clássicos em quadrinhos "São
como um simples aperitivo: quem gostar irá mesmo ler o original ". As
edições dos clássicos tem uma circulação mensal mínima de 60 mil
exemplares! Não fossem as histórias em quadrinhos de Aizen , muita gente
continuaria desconhecendo até hoje Shakespeare, Homero, Dostoiewski,
Rostand Schiller,Kipling ou Poe. Ao todo, já foram publicados mais de uma
centena de autores nacionais.
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