Com o presente texto, pretendemos colocar ao alcance dos educadores , o 
relato de uma experiência há algum tempo no Instituto Psicopedagógico 
Médico-Social de Montpellier, na França. Alguns educadores trabalhando 
para este Instituto, efetuaram uma exposição de histórias em quadrinhos, onde davam conta de um método utilizado como eficiência. É um fato 
comprovado que os jovens - e frequentemente os menos jovens - gostam e 
devoram a história em quadrinhos, procurando nela alguma coisa que lhes 
falta ou de que tem necessidade.
E quando um jovem da Escola de 
Aperfeiçoamento de Montpellier decidiu realizar espontaneamente milhares
 de imagens foi porque, com certeza, essas longas histórias desenhadas 
que ele contou respondiam a questões intímas e prementes. Do mesmo 
modo, longe de considerar a história em quadrinhos como um divertimento, nós preferimos refletir sobre a utilização séria que dela pode ser 
feita em pedagogia. Em primeiro lugar, a história em quadrinhos é uma 
linguagem. E melhor do que escrever longas frases acerca desta afirmação, será preferível observar as histórias desenhadas de crianças, como as 
que foram feitas no Instituto de surdos-mudos de Saint Hiolyte du Fort.
Para as crianças surdas- e muitas vezes mudas - a história desenhada é, 
mais do que para todas as outras, uma linguagem total. Quaisquer que 
sejam nossas idéias pessoais,as nossas opiniões sobre a história 
desenhada,ela existe,agrada e faz parte do nosso mundo cotidiano.Os 
educadores julgam que basta lançar no cesto de papéis, essas revistas 
que as crianças transportam nas suas pastas ou guardam nas suas 
carteiras.



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