Disney e sua família de personagens, dominaria o mercado infantil com
suas imensas cifras. Mas não era a única família de títulos de
respeito, no reino das HQs infantis em nosso país. A excelente Little
Lulu - no Brasil,Luluzinha - de John Stanley, teve importância editorial e
mercadológica. A série de costumes era consistentemente bem escrita e
desenhada e opunha a turma dos meninos á das meninas.Todos tinham pai e
mãe, ao contrário de certos patos disneyanos. A trama apresentava foco
especial na Luluzinha e no Bolinha (Tubby), que protaconizavam a maior
rivalidade entre as turmas. Havia muitas vitórias para quem pensasse e
agisse melhor. A Luluzinha vencia muitas vezes, mas com resultados
hilariantes. Uma das raras séries de quadrinhos para crianças ( mas não
só), efetivamente estreladas por crianças.
Outro exemplo célebre, de certo
sucesso no Brasil, é Pimentinha ( Dennis, The Menace), de Hank
Ketcham, cujo traço desarrumado e informal se adaptava perfeitamente as
travessuras de Dennis. Hoje, acompanhando a tendência de tantos
personagens de quadrinhos, tornaram-se personagens de desenhos animados
de alta qualidade. Luluzinha, Pimentinha, mais tarde Charlie Brown e
Garfield, entre tantos outros personagens de HQS, foram diluídos nos
autovisuais.
Sua versão mais incisiva acontecera como quadrinhos. A
excessão fica com Luluzinha, que foi adaptada para animação, de acordo com
as premissas originais dos gibis. O genero infantil foi durante muito
tempo e para muita gente, o único modo de produzir gibis no
país. Aventureiros e humoristas só falariam bem com crianças, segundo
essas pessoas. Desde os primórdios da produção brasileira houve esta
postura, por parte de editores e de alguns autores. Contribuiu para isso
tanto o preconceito em achar que os desenhos não podiam se dirigir a
adultos como o fato de que os quadrinhos infantis eram muito mais
vendáveis na época.
Os personagens infantis, de Disney a Pimentinha, foram
durante décadas muito mais conhecidos dos leitores brasileiros, que
qualquer super-herói. Luluzinha, foi citada pela revista O Cruzeiro, como
referência em letras da Jovem Guarda, taí seu grau de popularidade por
aqui.... Vários outros personagens infantis, como Brasinha, Gasparzinho,
Riquinho, e aparentados, eram publicados no país, mas não produzidos
aqui, como ela. Já não é o caso do Recruta Zero, que teve várias
aventuras, produzidas no Brasil.
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