Década de 60 : nas emissoras de TV proliferam os seriados de
espionagem, como Agente Secreto, Missão Impossível, O Agente da
U.N.C.L.E. e James Bond, o 007 de Ian Fleming. Desponta como o grande
fenonêmo de bilheteria no cinema. - Incorporado definitivamente á
cultura popular, o gênero retrata uma ocupação ao mesmo tempo atraente e
fascinante.
Entretanto,na Inglaterra, Patrick McGoohan - o ator
principal de Agente Secreto - decide abandonar a série,alegando que a
"televisão esgota completamente uma idéia. Depois de 86
episódios, chegamos ao fim do poço". Sir Lew Grade, diretor da ITC
Entertainment, não concorda e, diante da negativa irreversível de
McGoohan em continuar, dá abertura a uma outra proposta nos mesmos
moldes. O ator então surge com planos para um novo seriado e, ao ouvir, o
resumo, Grade conclui : " A idéia é tão bizarra que pode muito bem dar
certo ".
Assim, nasce O PRISIONEIRO. Numero 6 era um agente que tinha
renunciado ao Seviço Secreto e se via preso num local remoto e
distante, conhecido apenas como A Vila. Dirigida por diversas pessoas que
se autodenominavam Número 2 , a Vila abrigava moradores que não tinham
nome, somente números. Porém, os rostos alegres e a atmosfera de felicidade
ocultavam uma sombria verdade : todos na Vila eram
prisioneiros, mantidos ali porque sabiam segredos demais.
Exibido no
Brasil entre 1.969 e 1.970 na extinta TV Tupi, o seriado não cativou o
público brasileiro, mas, com sua trama metafórica de espionagem - uma
mistura de John Le Carré com H.G. Wells; inserida num Universo Kafkiano -
chamou a atenção de personalidades tão diferentes como Mick Jagger e
Isaac Asimov. Logo em seu início, o espectador era convidado ( ou
praticamente intimado) a fazer perguntas que, no fundo, representavam a
linha mestra do seriado.
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