segunda-feira, 17 de abril de 2017

RELEMBRANDO ........O Prisioneiro Parte I de II

Década de 60 : nas emissoras de TV proliferam os seriados de espionagem, como Agente Secreto, Missão Impossível, O Agente da U.N.C.L.E. e James Bond, o 007 de Ian Fleming. Desponta como o grande fenonêmo de bilheteria no cinema. - Incorporado definitivamente á cultura popular, o gênero retrata uma ocupação ao mesmo tempo atraente e fascinante.



Entretanto,na Inglaterra, Patrick McGoohan - o ator principal de Agente Secreto - decide abandonar a série,alegando que a "televisão esgota completamente uma idéia. Depois de 86 episódios, chegamos ao fim do poço". Sir Lew Grade, diretor da ITC Entertainment, não concorda e, diante da negativa irreversível de McGoohan em continuar, dá abertura a uma outra proposta nos mesmos moldes. O ator então surge com planos para um novo seriado e, ao ouvir, o resumo, Grade conclui : " A idéia é tão bizarra que pode muito bem dar certo ".



Assim, nasce O PRISIONEIRO. Numero 6 era um agente que tinha renunciado ao Seviço Secreto e se via preso num local remoto e distante, conhecido apenas como A Vila. Dirigida por diversas pessoas que se autodenominavam Número 2 , a Vila abrigava moradores que não tinham nome, somente números. Porém, os rostos alegres e a atmosfera de felicidade ocultavam uma sombria verdade : todos na Vila eram prisioneiros, mantidos ali porque sabiam segredos demais.



 Exibido no Brasil entre 1.969 e 1.970 na extinta TV Tupi, o seriado não cativou o público brasileiro, mas, com sua trama metafórica de espionagem - uma mistura de John Le Carré com H.G. Wells; inserida num Universo Kafkiano - chamou a atenção de personalidades tão diferentes como Mick Jagger e Isaac Asimov. Logo em seu início, o espectador era convidado ( ou praticamente intimado) a fazer perguntas que, no fundo, representavam a linha mestra do seriado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário