segunda-feira, 31 de julho de 2017

RELEMBRANDO ...... " Mancada "

Mancada, no original, Moose, criada por Bob Weber ,é uma série que descreve a vida familiar. Mas estamos bem longe daquilo que se convencionou chamar de família típica americana. Pelo contrário, ela não é nada exemplar. Mancada, o marido faminto e folgazão, é um eterno desocupado, sempre á procura de emprego (que ele faz questão de não encontrar), vivendo a custa do seguro de desemprego. Gegé, sua mulher, é quem trabalha de verdade, fazendo todos os serviços domésticos e ainda atendendo ás formidáveis exigências do inesgotável apetite de Mancada. A família se completa com os filhos menores : Cintia e Neco (cujo passatempo é juntar animais de estimação); Rosita e Benê, os filhos maiores, mas que pouco aparecem ; e ainda Leão, o cachorro mais medroso da paróquia ; e Navalhada o papagaio malandro. Completando a série, aparecem os vizinhos, os amigos e os parentes e algumas personagens ocasionais como o carteiro e os cobradores. Entre os vizinhos, Anacleto, trabalhador e dominado pela mulher, é o marido típico americano convencional ; enquanto que Pascoal é o vizinho implicante e chato, que por isso mesmo acaba sempre levando a pior e se constitui na vítima preferida de Mancada.

Relembrando........ "Demolidor,o Homem sem Medo "

Durante o dia, Nova Iorque é uma das maiores cidades do mundo ..... Porém, quando a noite chega,ela se transforma numa selva fria, povoada por seres selvagens e impiedosos.A iluminação nas ruas não é suficiente para afugenta-los..... Mas deve existir alguém que se atreva a desafia-los, alguém sem medo, um verdadeiro demônio intrépido !



Era assim que Frank Miller imaginava o herói cego criado em 1.964 por Stan Lee : DEMOLIDOR, O HOMEM SEM MEDO. No início, Miller apenas desenhava as histórias escritas por Roger McKenzie, mas, em pouco tempo,t ornou-se co- argumentista e, finalmente, passou a escrever e desenhar as aventuras do Demolidor. Nas mãos dele, o personagem deixou de ser um super-herói comum e mergulhou de cabeça no submundo do crime.



As histórias ganharam um conteúdo policial e adquiriram uma nova dimensão: personagem e cenário tornaram-se um único elemento! Mais do que qualquer outro artista, Miller conseguiu explorar a frustação do advogado Matt Murdock (nome verdadeiro do Demolidor) diante da ineficiência da justiça. Para ele ser o Demolidor era uma forma de combater o crime e, ao mesmo tempo a conscientização de haver falhado como profissional nos tribunais.

RELEMBRANDO ...... "Os Colonizadores"

Esta série é uma correspondência á história em estilo irônico e humorístico, criada por Joe Escourido. Uma interpretação inteiramente pessoal da era colonial americana. A "coroa" ou seja, Sua Majestade, simbolicamente paira sobre os colonos na presença do Lorde Lírio. Os rebeldes, isto é, aqueles que devem ser colonizados, são os índios e a relação entre os dois lados são divertidíssimas. Do lado dos colonos ingleses, a austeridade, o rigor (fictício) da ordem e da disciplina, o sentido do dever acompanhado do medo pelo inimigo; e do lado dos índios, a altiva ignorância e o sentido instintivo da liberdade. As personagens do acampamento dos colonos sõ muitas, mas destacam-se as seguintes : o magistrado Lorde Lírio, de vacilante autoridade; o desastrado lenhador Machado e seu irmão Dan ; Doc, o médico ; Hazel, a bruxa, que no fundo é boa gente ; o irado reverendo Pastor, que zela pelo espírito religioso da colônia; Prudência, a jovem enamorada de Harry Sangueazul, que por sua vez adora a elegância. Lances irônicos e grotescos se sucedem em "Os Colonizadores", sem dúvida mais atraente que a versão apresentada pelos livros de história.

RELEMBRANDO ......"Os Heróis Lendários

Na IdadeMédia, o romance de cavalaria e a poesia épica formaram os chamados ciclos medievais, cujas obras abordando feitos de heróis da época, tinham muto de lendas, tiradas das tradições greco-latina.Um exemplo disso é o ciclo bretão, que aborda as aventuras do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. São feitos de armas e de amor de personagens como Lancelote, Parsifal, Galaaz, Tristão e Isolda, entre outros.

Mistura de história e ficção, esse ciclo está cheio de lendas sobre feiticeiros, fadas, espectros, duendes, castelos misteriosos e florestas encantadas. No meio de toda essa magia se destaca a figura varonil do Rei Artur, o soberano lendário da Bretanha, que teria unido as tribos britânicas na resistência aos invasores. Campeão do seu povo e do Cristianismo, ele teria vivido no século VI, mas, segundo recentes investigações, suas aventuras são inteiramente lendárias.

Godofredo de Monmonth teria criado o mito do heróico Rei e seus valorosos cavaleiros que se reuniam na Távola Redonda, uma imaginária mesa em que não havia distinções de categorias. Por sugestão do sábio MERLIN, havia um lugar vago para a desaparecida relíquia do Santo Graal, que deu motivo para místicas façanhas da Ordem dos Cavaleiros da tavola Redonda, fundada pelo Rei Artur, um dos maiores heróis lendários da época. Um herói do nível que você verá que fala do tempo das lendas heróicas.

Rei Arthur recebendo a espada Excalibur da Dama do Lago

RELEMBRANDO ..... "Homem Borracha - ................. (Plastic Man )

Aparecendo pela primeira vez em 1.942 na revista Police Comics, do grupo Quality, este original personagem era uma criação de Jack Ralph Cole, falecido em 1.958 num desastre de automóvel.Era autor também de Midnight (Meia Noite), Death Patrol e outros.



Eel Obriem é atingido acidentalmente por um ácido desconhecido, adquirindo o poder de se elastecer. Daí sua vida de vagabundo passa a ter uma outra razão ,dedicando seus poderes em defesa da Lei. Em 1.943 ,este personagem ganharia revista própria que foi publicada até o ano de 1.948. Os textos eram de Bill Woolfolk Manly Wady Wellman e Harry Stein, com desenhos de Lou Fine, Al Briant, Ruben Moreyra, Robin King e Charles Nicholas. Atualamente é desenhado por Mike Sekwsky, Homem Borracha era publicado pela revista O Lobinho na década de 40, sendo reeditado pelo Gibi em 1.975.



JACK RALPH COLE - Pena que Jack Cole morreu tão cedo.Tirou a própria vida, num suicídio que ninguém na época,conseguiu explicar. Mesmo assim, ele deixou para a história em quadrinhos importantíssimas contribuições. Em 1.941, para a revista Police Comics, criou um super-herói estranho, engraçado, quase caricatural, Plastic Man (O Homem Borracha).



Nas primeiras histórias, Plastic Man era a identidade secreta de Eel O`Brein, que numa fuga, caía num banho de ácido. Sobrevivia, mas com o bizarro poder de espichar as pernas, braços e o corpo a tamanhos inimagináveis. Tinha por companheiro um gordo bonachão (Bolão) e as aventuras dos dois ficava mais no terreno do humor, que propriamente do heroísmo. Mas não tinha importância. O enfoque essencialmente gráfico e cômico de Cole deu á série um sucesso enorme, mesmo quando ela passou para as mãos de outro desenhistas,como Lou Fine, Bernie Krigstein , e Chuck Cuidera.

RELEMBRANDO ....."Quem escreveu Pinóquio ? "

O autor desta história chamava-se Carlo Lorenzini, mais conhecido como Carlo Collodi, nome que adotou em homenagem ao lugarejo onde a mãe nascera e onde ele passara boa parte da juventude. Collodi nasceu em 24 de novembro de 1.826 e morreu em 26 de outubro de 1.890, na cidade de Florença, Itália. Por volta dos vinte anos de idade começou a escrever para jornais e revistas. Em 1.848, fundou um jornal chamado O Lampião. Atraído para a literatura infantil e juvenil, traduziu os famosos contos de fadas de Charles Perrault, publicados duzentos anos antes, na França. Deixou uma novela, várias peças de teatro e muitos livros, onde reuniu os artigos que escrevera para jornais durante a vida, artigos muito importantes pela descrição dos costumes e hábitos da época.



Esses livros tinham nomes engraçados como olhos e narizes, histórias alegres, caricaturas e outros. Também escreveu livros de caráter didático (adotados nas escolas italianas, por causa das histórias divertidas que contavam), como aqueles intitulados A Geografia e a Gramática de Joãozinho,etc.... Pinòquio nasceu a pedido de Ferdinando Martini,dono do Jornal dos Meninos.



Em 1.881, Martini encomendou a Collodi que escrevesse um conto em capítulos para o seu jornal. Collodi pô-se a trabalhar, resolvido não usar reis, príncipes e nobres na história, como tantas outras que se escrevia naquela época. Resolveu contar a história de um simples pedaço de madeira. Collodi não sabia se sua história faria sucesso, pois quem sabe se os leitores do Jornal dos Meninos não achariam as aventuras desinteressantes.



Mas o sucesso foi tão grande que, ao terminar o conto, os leitores escreveram para Martini, exigindo a Volta de Pinóquio. E assim,Collodi continuou as aventuras de Pinòquio, que saiam sempre nas páginas do Jornal. Em 1.883, a história completa foi editada pela primeira vez em forma de livro, com ilustrações de Mazanti. Na edição de 1.911, foi desenhada por Attilio Mussino. Em 1.912, a primeira edição espanhola foi desenhada por Salvador Bartolozzi. Em 1.938, Walt Disney filmou Pinóquio..

RELEMBRANDO ......" Dan Dunn"


Série policial criada em 1.935 por N. Marsh.Claramente influenciado por Dick Tracy, no que se refere ao desenho, Dan Dunn tinha ótimos argumentos e as situações de suspense eram bem elaboradas. Era publicado no Globo juvenil, nos anos de 1.941 e 1.942.



As aventuras de Dan Dunn, Secret Operative 48, surgiram ( tiras diárias e dominicais) em 1.933. Seu autor Norman Marsh havia ganho o encargo do Publishers Syndicate, para concorrer com o Dick Tracy.



Dan Dunn, agente secreto, tinha como companheiros constantes um cão policial chamado Wolf e uma garotinha orfã, Babs. Mais tarde, ganhou como assistente um gorducho simpático, Hirwin Higgs, que aparecia muitas vezes nas páginas dominicais, em situações de humor. O vilão mais perigoso de Dan Dunn , foi Wu Fang, um tipo que lembrava Fu Manchu.



Em 1.942, quando Marsh alistou-se nos Marines, a série foi continuada por Paul Pinson e depois Alfred Andriola. Antes do final da guerra, Dan Dunn terminou. Marsh de volta á ativa e no King Features Syndicate, e ainda tentou outros personagens : Hunter Keene e Danny Hale, mas sem sucesso.

terça-feira, 18 de julho de 2017

RELEMBRANDO ....... Johnny Weismuller

Sam Katzman, produtor da Columbia, ofereceu a Weismuller uma porcentagem nas rendas para interpretar Jim das Selvas, personagem dos quadrinhos imaginado por Alex Raymond, o talentoso desenhista de Flash Gordon. Entre 1.948 e 1.956, Weismuller apareceu em 16 filmes de média-metragem. Os enredos eram geralmente absurdas, as caracterizações inverossímeis, o ambiente africano falso, a estupidez dos bandidos implausível e Jim gostava de se arriscar a toa.



Em 1.955, Jungle Jim foi para a televisão (NBC), em 26 episódios de meia hora de duração e a coisa em vez de melhorar, piorou. Á frente do elenco,Weismuller, envelhecido e pesadão, encarava melancolicamente seu final de carreira, só voltando diante das câmaras numa "ponta" em The Phynx-1.970. No dia 21 de janeiro de 1.984 aos 79 anos,veio a falecer no México,vitimado por edema pulmonar. Sua morte emocionou os fãs do mundo inteiro, pois estes sabem que jamais haverá outro Tarzan igual a Johnny Weismuller.



Em janeiro de 1.934, com apenas alguns dias de intervalo, surgiram três novas histórias : O Agente Secreto X-9, Jim das Selvas e Flash Gordon. E todas elas obras de um só artista. Ou seja, Alex Raymond. Indiscutívelmente, um dos maiores criadores de histórias em quadrinhos de todos os tempos. Jim Bradley, isto é, Jim das Selvas é um caçador de feras e explorador cujas façanhas se desenrolam na Africa, na Malasia e em outro países do extremo oriente. Sempre acompanhado de Kolu, o seu fiel servidor, ele sobrepuja seus inimigos, bandidos, traficantes suspeitos, agitadores internacionais, piratas de todo tipo , em aventuras cheias de peripécias, emocionantes e ricas de invenção.

RELEMBRANDO ........ " Cowboys "

DON CHICOTE - Aventureiro do Oeste Americano, este herói apresentava uma inovação, usava como arma um chicote em vez de revolver. Com seu costume preto, Don Chicote não tinha rival ao manejar o chicote. Entre seus desenhistas estava o versátil Dan Spiegle. Aparecia na revista O Lobinho, de Adolfo Aizen, na década de 40 e em revista própria.

HOPALONG CASSIDY - Baseado na figura cinematográfica do cowboy, vestido de negro, surgiu nos quadrinhos,a figura de Hopalong Cassidy, em 1.942, desenhada por Dan Spiegle, que fazia questão de copiar o rosto de William Boyd na historieta. Cassidy repetiu o sucesso do cinema. Além de ter tido revista própria, O Guri publicou suas aventuras durante quase toda a década de 50.

BUFFALO BILL - Desenhista de uma série que teve grande divulgação no Brasil, Buffalo Bill, Fred Meagher,tinha pouca experiência quando dedicou-se ao personagem. Apenas algumas passagens pelos comics books, onde chegou a desenhar Flecha Ligeira (Straight Arrow), Buffalo Bill foi lançado nos Estados Unidos como Daily Strip pelo United Features Syndicate (1;950). No Brasil, Buffalo Bill só foi conhecido pelos leitores em revistas (como Novo Globo Juvenil, Novo Gibi e Buffalo Bill), com todos os problemas que este tipo de publicação causava aos originais vindo de tiras diárias. Quando cessaram as histórias ilustradas por Meagher, o personagem continuou a partir de originais ingleses.

KEN MAYNARD - O famoso cowboy do cinema da década de 30, revivido nos anos 50 pelo staff da Fawcett Publications, com argumentos de Otto Binder. Na época da grande crise dos quadrinhos americanos, as editoras atacaram insaciáveis os temas de western.

TOMAHAWK - Aventureiro do Oeste,criado por Neal Adams em 1.969 para a National. É publicado pela revista O Juvenil Mensal, da Editora Brasil América, desde 1.971.Usando como título da série o nome da machadinha dos peles-vermelhas, Adams conta as façanhas de um ex-ranger, casado com a índia Raio-de-Lua, em luta com brancos e índios em defesa da terra. Frank Thorne é outro desenhista desta série, que tem argumentos de Bob Kanigher e supervisionada por Joe Kubert.

RELEMBRANDO ....."Freddy e Nancy no Circo"

Criado em 1.946 por John Lethi para o King Features Syndicate, Freddy apareceu com o lançamento da revista O Herói, da Editora Brasil América em 1.947. O garoto Freddy fica maravilhado, quando um circo chega a sua cidade. Consegue penetrar por baixo da lona e ali conhece Nancy, uma garota filha de trapezistas. Freddy não consegue conter seu espírito de aventuras e foge com o circo.



JOHN LETHI - Depois de ilustrar pulps (revistas de contos populares), o novaiorquino John Lethi (20 de Julho de 1.912) encontrou espaço nos emergentes comics books. No Detective Comics, trabalhou em quatro séries : The Crimson Avenger, Sgt O`Malley of the Red Coat Patrol , Steve Conrad Adventurer e Cotton Carver. Veio a guerra e Lethi andou pelos campos da Europa, recebendo várias medalhas por bravuras . De volta á ativa, depois de trabalhar algum tempo na revista Picture News, conseguiu vender para o King Features Syndicate a história em tiras, Tommy of the Big Top (no Brasil,Freddy &Nancy no Circo).



As aventuras destes dois jovens adolescentes no universo de um circo itinerante duraram de 1.946 a 1.950. Lethi desenhou por um curto espaço de tempo, as histórias de Tarzan, e de volta aos comics books, trabalhou em Lassie e, Space Cadet e Flash Gordon. Depois de Freddy & Nancy, seu mais conhecido trabalho foi Tales From the Great Book, tira dominical, que dramatizava passagens da Biblia (publicadas aqui pela EBAL, sob o título de Histórias do Grande Livro). Em 1.960, ele ingressou na TV, animando entre outras, a série The Mighty Hércules.

RELEMBRANDO ....."As crianças nos quadrinhos ".......Parte.... II...de.... II

Oficialmente, seu aniversário se comemora em setembro, mas ela foi criada em 1.962, para uma campanha publicitária da fábrica de eletrodomésticos Mansfield (daí seu nome começar com "M"). Só que o cliente recusou o trabalho e nunca lançou os produtos. Dois anos depois, o Semanário Argentino Primera Plana encomendou a Quino, uma série engraçada, e o autor resolveu utiliza´-la. A estréia oficial ocorreu em 29 de setembro de 1.964. Antes de ganhar o mundo, suas tiras saíram pelo jornal diário El Mundo e, depois pelo Semanário Siete Dias.



Uma curiosidade sobre Mafalda, que a diferenciava das demais Histórias em quadrinhos estreladas por crianças, é que ela envelhecia. No início de suas histórias tinha seis anos, e em seu último álbum, oito. Sua turminha era formada por Manolito, Miguelito , seu irmãozinho Guile, Filipe , Susanita e Liberdade. Para tristeza dos fãs, em 1.973, Quino parou de fazer as tiras, por acreditar que estava começando a se repetir.



Já Mônica é uma mescla de graciosidade e força bruta, nas paródias que os estúdios Mauricio de Souza sempre fazem com personagens de HQs, ela já pôs para correr réplicas do Superman, Hulk, He-Man e ouyros. Inspirada na segunda filha de Mauricio de Souza, de quem herdou o nome, Mônica estreou em 1.963, nas tiras de jornais do Cebolinha. Contudo, logo roubou a cena, passando a ser a principal personagem da turma e ganhando seu próprio gibi, em 1.970.



No início, Mônica era mais enfezada, mas isso foi sendo atenuado com o passar dos anos. Está sempre com seu inseparável coelho de pelúcia, Sansão, com o qual detona os planos "infalíveis" de Cebolinha e Cascão, há algum tempo, tem um bicho de estimação de verdade, o cachorro Monicão. Além dos já mencionados sua turminha conta ainda com Magali, Franjinha , Anjinho ,Titi , Jeremias, Xaveco , Humberto, Marina , Do Contra ,Nimbus e outros.

RELEMBRANDO ........ " O Gato Félix "

Criado por Pat Sullivan em 1.921, este gato apareceu primeiramente no cinema em desenho animado, passando depois para os quadrinhos. Dotada de um lirismo puro, esta série produzida para crianças, tinha um objetivo muito maior do que simplesmente divertir. Félix sentia o drama do vagabundo e das pessoas desamparadas na sociedade. Atualmente outros desenhistas trabalham em Félix, porém sem aquele sentido humano que Sullivan imprimia ao querido gato preto.



PAT SULLIVAN (1.887-1.933) - Patrick Sullivan, emigrou para a Inglaterra em 1.908, onde chegou a trabalhar no semanário Ally Stoper, criando o personagem Samuel. Em 1.914, mudou-se para os Estados Unidos, onde foi boxeador, artista de teatro de variedades e desenhista de tiras cômicas: Pa Perkins e Samuel Thonson, sendo que nenhuma delas foi bem sucedida. Começou então a experimentar técnicas de desenhos animados e deu-se melhor. Conheceu Otto Messmer e criaram juntos Félix, The Cat ( O Gato Félix), que se transformou num sucesso a partir de 1.919. O King Features Syndicate levou Felix para os quadrinhos, primeiro nas páginas dominicais a cores (1.923), depois as tiras diárias (1.927). Embora Pat Sullivan aparecesse como autor dos comics de Félix, The Cat, seu desenhista anônimo foi sempre Messmer.

Pat Sullivan e sua esposa!

Otto Messmer (esquerda) e Pat Sullivan

RELEMBRANDO ....." Buddy Longway"

De todos os heróis da história em quadrinhos, e eles constituem uma legião. Buddy Longway é, provavelmente, um daqueles que terá conhecido o êxito mais fulgurante. Uma primeira aventura completa foi publicada nas páginas do número 16 de Tin Tin Selection, com o título de Premiére Chasse. Depois de ter herdado de um velho tio, o jovem Buddy lança-se pela primeira vez á procura de peles, tal como os caçadores do forte, que tinham sugerido com frequência. E uma aventura movimentada na qual Buddy defronta e mata um urso maior do que jamais pudera imaginar. E acontecimento não menos importante, encontrou pela primeira vez, a amizade na pessoa do índio Loup Noir.



Tratada num estilo realista, a meio caminho entre Arnoud de Casteloup e Átila, esta história provocou uma correspondência muito importante por parte dos leitores. Foi este o motivo por que Greg pediu a Derib para abandonar provisoriamente os heróis de Go West, concentrando-se completamente a este novo personagem, com um futuro tão promissor. A primeira grande aventura de Buddy, em série, saiu em 1.973 com o título de Chinook, nome de uma jovem índia da tribo Sioux, que ele salva das mãos de dois maus elementos que tentaram brutaliza-la.



É um longo caminho , o do caçador e da sua mulher num mundo hostil para o índivíduo sem defesa, onde os índios e os animais se veem juntar aos perigos naturais. Esta longa estrada foi para Derib o êxito e a consagração. A série foi eleita pela maioria dos leitores que fazem de Buddy Longway, uma das primeiras ´series classificadas no referendo de 1.973, antes mesmo do episódio ter sido concluído. A aventura chega ao fim com o casamento de Buddy e Chinook.

RELEMBRANDO ...."Péricles - O Amigo da Onça " ..........Parte..... I ... de......II..........

Péricles de Andrade Maranhão, o famoso criador de "O Amigo da Onça", suicidou-se no último dia do ano de 1.961. Escreveu cartas justificando o seu gesto, fechou todo o apartamento e asfixiou-se com gás de cozinha. Mesmo assim, não resistiu ao seu espírito de humor. Colocou na porta de entrada um aviso escrito á mão :"Não risquem fósforos". Originário de Recife, Péricles começou a desenhar na revista do Colégio Marista, onde estudava. Em 1.942, no peito e na coragem, um rolo de desenhos e uma carta de apresentação do seu amigo e jornalista Aníbal Fernandes (do Diário de Pernambuco), Péricles chegou ao Rio de Janeiro.



Apresentou-se a Leão Gondim de Oliveira, diretor da revista O Cruzeiro e tornou-se um dos colaboradores mais moços daquela publicação. Começou trabalhando em quadrinhos, um típico personagem carioca, chamado Oliveira, o Trapalhão. Oliveira era um português bigodudo, que tinha como companheiro de trapalhadas um negro, com jeito e camisa listrada de malandro, Laurindo. Publicadas inicialmente pelo Diário da Noite, as histórias de Oliveira chegaram também O Guri, revista infanto-juvenil, editada por O Cruzeiro.



Em 1.943, já com um estilo bem desenvolvido, Péricles resolveu criar um personagem humoristíco fixo para O Cruzeiro, cuja circulação semanal já era muito boa. A idéia partiu de uma anedota comum na época. Dois caçadores conversavam num acampamento na floresta. - O que você faria se uma onça aparecesse na sua frente? ´- Ora, dava um tiro nela.- Mas, se você não tivesse nenhuma arma de fogo ? - Bem,então eu matava ela com meu facão.- E, se você estivesse sem facão? - Apanhava um pedaço de pau. - E se não tivesse nenhum pedaço de pau? - Subiria na árvore mais próxima. - E se não tivesse nenhuma árvore ? - Sairia correndo. -E se você estivesse paralisado pelo medo? Então, o outro, já irritado, retruca: -Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?

terça-feira, 11 de julho de 2017

RELEMBRANDO ......" Comanche "........ by Hermann

Criada em 1.970 pelo belga Hermann, autor também de Bernard Prince da Interpol, Comanche é uma série de western que tem uma certa influência de Fort Navajo, de Jean Michel Charlie-Jean Giraud. Nesta série, uma jovem proprietária do Rancho Triple G é a figura principal. Texto de Michel Greg, Editions Du Lombard.

 HERMANN - Um dos melhores estilistas da escola belga de quadrinhos do pós-guerra, Hermann Huppen não tem limites para sua criatividade. Já fez tantas coisas boas, nos mais diversos gêneros, que nem parece apenas um, mas vários desenhistas.Estreou nas bands dessinées (histórias em quadrinhos ) em 1.960,na revista Spirou. Logo encontrou-se com Michel Greg, roteirista muito experiente, e juntos partiram para uma série que mantém-se em sucesso, até hoje, Bernard Prince. Aventuras de um proprietário de um barco pequeno, em vários quadrantes do mundo.



Veio depois uma série western, Comanche, onde o traço de Hermann apresenta força tão grande quanto o classico Red Ryder, de Fred Hermann,e seu concorrente na França, tenente Blueberry de Jean Giraud. Hermann ainda trabalhou nas séries Jughurta e Jeremiah, esta última passada num mundo futuro próximo,onde a civilização, destruída por guerras, volta a um estágio levemente primitivo. Mais recentemente, além de dar continuidade ás histórias de Bernard Prince e Jeremiah, Hermann vem desenvolvendo técnicas mais aperfeiçoadas para novas criações, como por exemplo, NIC, um garoto paraisense dos dias de hoje, que sonha como o Little Nemo, de Winson McKay.



RELEMBRANDO ..."A Ideologia da permanência-As Histórias em quadrinhos"​

As histórias em quadrinhos tem papel importante na manutenção e mesmo na formação de uma ideologia conservadora, não só por sua extraordinária difusão, como pelo caráter ecumênico de seu auditório, não há faixas de público imunes a esse médium: crianças e adultos, homens e mulheres os leem e veem e são por elas influenciados. Exporemos alguns dos elementos integrantes dessa ideologia, procurando inseri-los no contexto da estrutura ideológica global da sociedade que mais o consome e que mais o produz a sociedade capitalista (ainda aqui considerada como uma única sociedade, abstraídas as diferenças -pelo menos no momento, consideradas de significação menor para nossa análise - existentes entre as diversas formações econômico-sociais concretas.).



 Entre outras coisas, a ambiguidades e os pares de opostos são verificáveis. Ainda aqui, procuraremos despi-los de todo formalismo. O anonimato (obscuridade) social - há poucas exceções de vulto - surge paradoxalmente como condição de origem para o super-herói. O super-herói não é um ser raro entre os homens em sua vida civil. Seus hábitos são de uma pessoa comum com que cruzaríamos sem espanto na rua. O indício parece apontar com a possibilidade de uma continuidade entre a vida cotidiana de qualquer indivíduo ( de qualquer leitor, portanto) e a vida maravilhosa e plena de realização,de poder e notoriedade de um herói sacralizado. Este anonimato pode se revestir de um outro manto.



O do ocultamento da verdadeira identidade do herói, quando este está em ação. O anonimato se desdobra, então em dois: o ocultamento e o ocultamento da personalidade civil. Isto propicia um afastamento, sem corte, face á ordem social, uma forma de estar que pode ser transcendida quando esta ordem for ameaçada. Anonimato social/ - notoriedade pública são condições necessárias para o aparecimento do herói e só ele pode resolver sa antinomia pela presença de sua ambiguidade,de ambiguidade de sua ação heróica.