Uma nasceu no Brasil, em 1.963. A outra na Argentina, um ano depois. Em 
comum,as duas tem a faixa etária (entre seis e oito anos), uma incrível 
capacidade de conquistar leitores e o fato de terem proporcionado fama 
aos seus criadores. Como nos quadrinhos não há a ferrenha rivalidade com 
os argentinos, é impossível negar que, em nível mundial, a irrequieta 
Mafalda, criação máxima de Quino, cujo nome real é Joaquim Salvador 
Lavado, tem mais relevância. Afinal, suas tiras deixaram de ser publicadas 
em 1.973 (justamente quando chegaram ao Brasil) e, até hoje, suas 
coletâneas são vendidas em diversos países do mundo. Além disso, Mafalda 
tem no "curriculo" a participação na Declaração dos Direitos da 
Criança do Unicef, e em inúmeras campanhas de saúde pública pelo mundo 
afora.
Mas a "baixinha,dentuça e gorducha" também tem méritos 
inquestionáveis, como o fato em vendas, continuar sendo a "dona" das 
bancas brasileiras. A perenidade é outro ponto de seus pontos fortes, pois
 suas histórias conquistam leitores, há várias gerações. Hoje Monica é 
publicada em 27 países pelo mundo, o que a fez merecer ,em 2.002, uma 
menção numa propaganda televisiva do Governo Federal, como um dos bons 
produtos que o Brasil exporta. Em 2.003,  Mauricio de Souza recebeu da 
Organização Pan-Americana da Saúde o título de "Campeão de Saúde das 
Américas", pelas suas campanhas na área, sempre encabeçadas pela Mônica.
As
 duas garotinhas tiveram trajetórias bem distintas. Mafalda, conquistou a
 todos com seus discursos inflamados, com toques (nem sempre) sutis, sobre
 a época em que vivia, criticando da postura autoritária de seus pais na 
hora do jantar, a ditadura que corroia a Argentina naqueles dias.



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