As histórias em quadrinhos tem papel importante na manutenção e mesmo na
formação de uma ideologia conservadora, não só por sua extraordinária
difusão, como pelo caráter ecumênico de seu auditório, não há faixas de
público imunes a esse médium: crianças e adultos, homens e mulheres os
leem e veem e são por elas influenciados. Exporemos alguns dos elementos
integrantes dessa ideologia, procurando inseri-los no contexto da
estrutura ideológica global da sociedade que mais o consome e que mais o
produz a sociedade capitalista (ainda aqui considerada como uma única
sociedade, abstraídas as diferenças -pelo menos no momento, consideradas
de significação menor para nossa análise - existentes entre as diversas
formações econômico-sociais concretas.).
Entre outras coisas, a
ambiguidades e os pares de opostos são verificáveis. Ainda
aqui, procuraremos despi-los de todo formalismo. O anonimato (obscuridade)
social - há poucas exceções de vulto - surge paradoxalmente como
condição de origem para o super-herói. O super-herói não é um ser raro
entre os homens em sua vida civil. Seus hábitos são de uma pessoa comum
com que cruzaríamos sem espanto na rua. O indício parece apontar com a
possibilidade de uma continuidade entre a vida cotidiana de qualquer
indivíduo ( de qualquer leitor, portanto) e a vida maravilhosa e plena
de realização,de poder e notoriedade de um herói sacralizado. Este
anonimato pode se revestir de um outro manto.
O do ocultamento da
verdadeira identidade do herói, quando este está em ação. O anonimato se
desdobra, então em dois: o ocultamento e o ocultamento da personalidade
civil. Isto propicia um afastamento, sem corte, face á ordem social, uma
forma de estar que pode ser transcendida quando esta ordem for ameaçada.
Anonimato social/ - notoriedade pública são condições necessárias para o
aparecimento do herói e só ele pode resolver sa antinomia pela presença
de sua ambiguidade,de ambiguidade de sua ação heróica.
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