"Estamos no ano de 1.968 e a Ebal, editora que praticamente monopolizava
 o mercado de super-heróis da época, vivia o seu auge". Além de publicar 
as aventuras dos heróis Marvel e DC, ela se dava o luxo de ter Tarzan, 
Zorro e vários outro personagens de outras companhias americanas em seu 
cast.
Um deles era um certo Judô-Master, da Charlton Comics, cujas 
histórias só deram para seis edições da revista O Judoka. Pelo fato da
 revista ter tido uma boa vendagem,os editores da casa encomendaram ao 
desenhista Monteiro Filho, a criação de um personagem que fosse 
mascarado e levasse o nome da revista. Nasceu então o Judoka, alter ego 
de um rapaz do subúrbio carioca chamado Carlos , que fora treinado pelo 
mestre Minamoto e passou a ser um especialista em artes marciais.
Logo, a
 namorada do herói, Lúcia, também virou Judoka e passou a ajudá-lo a 
combater marginais que nunca se destacaram ao ponto de aparecer em 
muitas aventuras. De 1.969 a 1.973, foram publicadas mais de 50 edições 
da revista do personagem,com histórias produzidas por craques como Pedro
 Anísio ( primeiro e mais frequente roteirista ), Eduardo Baron ( 
primeiro desenhista de fato, já que Monteiro Filho só havia projetado o 
herói ), FHAF.( sigla para o nome do argumentista e desenhista Floriano 
Hermeto de Almeida Filho, que tinha um estilo meio Guido Crepax), 
Claudio Almeida, etc....
O Judoka fez tanto sucesso que, em 1.971, foi 
lançado um longa metragem dirigido por Marcelo Mota, e estrelado por 
Pedro Aguinaga ( Carlos, o Judoka ) e Elizângela ( Lúcia ). Algumas 
cenas do filme, inclusive, foram filmadas na própria EBAL, que até hoje 
detém os direitos sobre o personagem.Um revival das aventuras desse 
lendário mestre das artes marciais, portanto, só depende dela.




Nenhum comentário:
Postar um comentário