Nas tentativas de busca de antecedentes históricas para as histórias em
quadrinhos, podemos citar a coluna de Trajano e outros monumentos
egípcios levados para o Império Romano, onde podemos ler uma verdadeira
"história em quadrinhos em espiral". Alguns consideram que o tapete de
Bayeux do século XI , com 70 metros, sucessivas e um relato epopéia dos
cavaleiros dos normandos, uma forma de HQ. Os balões que hoje
caracterizam boa parte das HQs, têm predecessores em um pedaço de madeira
gravada em 1.370, a Tábua de Protat, na qual um centurião romano, diante
do Calvário, levanta um dedo em direção á cruz e declara : Vere fillius
Dei erat iste ( Sim, na verdade este homem era o Filho de Deus ).
De sua
boca sai um "filactério", contendo a mensagem que desejava transmitir.
Vêm os estudiosos nesse filactério, um precursor dos balões da HQ. Ao
longo dos séculos, gradativamente, surgiu uma nova forma de expressão que
envolveu por um lado, sequências ilustradas como as da Tapeçaria de
Bayeux e, por outro lado, o filactério da Tábua de Protat. Esses dois
elementos básicos, reunidos mais tarde, resultaram no aparecimento da HQ,
relação dinâmica entre a imagem o texto, união entre a arte plástica e a
arte literária.
ORIGENS DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: Em 1.865 o pintor
alemão Wilhem Busch criou os primeiros personagens célebres das
ilustrações em continuação : Max e Moritz (conhecidos aqui como Juca e
Chico ). Na França de 1.880, aparece com destaque Cristophe, pseudônimo
de Georges Colomb, com suas histórias em imagens, no Petit Français
Illustre, jornal para crianças. Seus desenhos caracterizavam-se por
grande encadeamento de movimentos de uma imagem para outra. A França o
reconhece como criador das HQs .
A Inglaterra também pretende ter a
primazia da criação das HQs e assim é que a história em imagens de F.
Thomas, surgida em 1.884, com legendas sob as ilustrações, que representou
o herói Ally Sloper, é considerada pioneira na Inglaterra.. O Brasil
participa de genese das HQs quando em 1.889, Angelo Agostini, publica na
revista Vida Fluminense ( Janeiro,número 57) o primeiro capítulo da
crônica humorística chamada " As Aventuras de Nhô Quim ", um precursor
da narrativa quadrinizada.
Os pesquisadores, porém,convencionaram tomar
como marco inicial para as histórias de HQs, a publicação de The Yellow
Kid, do norte americano Richard Fenton OutCault, em 1.895, no New York
World , e jornal sensacionalista de propriedade de Joseph Pullitzer.
Sendo a primeira publicação periódica e dominical em côres a apresentar
constantemente um personagem seriado, ela marcou assim o verdadeiro
nascimento do gênero.
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