sábado, 4 de março de 2017

RELEMBRANDO ...... Flash Gordon

As novas gerações, certamente, não estão bem a par do que foi o sucesso dessa narrativa quadrinizada. Mas os antigos meninos das décadas de 30 e 40, os juvenilistas que hoje são professores, homens de negócios, banqueiros ,médicos, engenheiros, jornalistas, advogados, radialistas, chegam a sentir lágrimas nos olhos e um aperto no coração , quando se lembram do antigo Flash Gordon.



Quando Flash Gordon explodiu nas páginas do "New York American Journal" em 07 de Janeiro de 1.934, os quadrinhos já haviam alçado vôo em ousadas aventuras pelo Cosmo no reator dorsal de Buck Rogers (1.929) , e na cronosfera de Brick Bradford (1.933). Os pontos de partida de Raymond não se destacavam exatamente pela originalidade. Havia um pouco da fantaciência do começo do século, derivadas das tubulações venusianas de Nick Carter (criação de Edgar Rice Burroughs, também autor de Tarzan)



.A idéia de concentrar as aventuras em um planeta perdido e cheio de armadilhas, como o de Mongo, com cidades suspensas, submersas e evanescentes, veio,sem dúvida, do clássico "The Lost World" de Conan Doyle (1.912) .Além de seu traço primoroso - que revolucionou toda uma concepção de desenhos a pincel e pena - e de sua "mise-en-page" burilada por linhas de insinuante elegância e bruscas distinções, Raymond criou um universo barroco de gestualidade excessiva, vestimentas ondulantes e objetos espiralados.



Na maior parte dos quadrinhos a impressão é a de um erótico e agitado festim de ombros femininos, decotes vertiginosos e bíceps contraídos , do qual participam. Além do trio Gordon-Dale- Zarkov, e do tirânico imperador Ming ,um exótico elenco de princesas lascivas, cortesãos ávidos de poder e monstros de raças e eras disparatadas.

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