sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

RELEMBRANDO....... Homem Animal Parte I de II

Ninguém se surpreende ao ver o Bidu de Maurício de Souza dialogando com uma pedra ou o Bicho da maçã de Ziraldo comentando o formato de suas tiras. Trata-se de uma forma de metalinguagem, um recurso no qual o personagem se reconhece como tal.O que ninguém espera é ver metalinguagem nas histórias em quadrinhos de super-heróis. Mas é exatamente isso o que temos encontrado nas aventuras de Buddy Baker, o Homem-Animal,escrita por Grant Morrison.

Assim como a maioria dos roteiristas contratados pela industria de HQs dos Estados Unidos, Morrison tem uma visão muito particular e inusitada dos super-heróis.Visão que contrasta em gênero,número e grau com a de seus colegas americanos de "Asilo Arkham (graphic album que narra a história do manicômio judiciário para onde são enviados os criminosos insanos de Gotham City)".

Morrison , um dia decidiu ressuscitar um obscuro personagem criado na década de 60.Um herói capaz de assimilar e utilizar as qualidades de qualquer animal e cujo nome não poderia ser outro que não Homem-Animal. Munido da liberdade que os editores conferem áqueles que abraçavam causas perdidas, Grant Morrison virou o personagem de cabeça para baixo.De cara,transformou-o no primeiro vegetariano em 50 anos do gênero super-herói, envolvendo numa polêmica atuação em favor dos direitos dos animais e contra o uso deles em laboratórios de pesquisas.O roteirista pôs o herói salvando golfinhos e até mesmo engajado em ações de eco-terrorismo.

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