Temos no Brasil, desde 1.937, com a publicação de A Garra Cinzenta, na A 
Gazetinha, a tradição pelo gosto do mistério e do medo, nos quadrinhos. 
Proliferou-se no entanto, a partir dos anos 50, os quadrinhos de 
histórias curtas, como os contos de Poe. Uma visão de máscara 
cadavérica, instituindo o terror como seu império, em tom detetivesco, foi o
 primeiro e, talvez,o melhor dos nossos personagens.
Estreou em 28 de 
Julho de 1.937, na A Gazetinha e foi um estrondoso sucesso. Escrita pelo 
jornalista Francisco Armond e desenhada magistralmente por Renato Silva.
 Em 1.939 passa a ser publicada na Editorial Sayrols do México e no 
jornal franco-belga Spirou. Teve cem páginas, reunidas em dois 
albuns, editados também pela A Gazeta em 1.939.
RENATO SILVA ;- Renato de
 Azevedo Silva, nascido no Rio de Janeiro, no início do século, pintor e 
ilustrador, deixou também uma importante contribuição para os quadrinhos 
nacionais. Em 1.937, com roteiros de Francisco Armond, ele começou a 
publicar, em A Gazetinha, de São Paulo, o Garra Cinzenta.
Com um desenho 
clássico, a narrativa que misturava elementos do policial com situações 
de mistério, lembrando os "seriados completos" da época, conquistou os 
leitores e tornou-se uma realização marcante. Ganhou álbuns - A Garra 
Cinzenta teve quase 100 páginas - e chegou a ser exportado. A última 
reedição - parcial ocorreu no Almanaque do Gibi Nostalgia número 6, de 
1.973. Renato Silva, depois, tornou-se ilustrador de livros didáticos 
infanto-juvenis e seu último trabalho importante para os quadrinhos foi 
uma série de 13 álbuns sobre a História do Brasil e do Mundo (Editora 
Conquista- SP), foi igualmente autor de um método de desenho impresso em 
vários capítulos.





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