RELEMBRANDO.... Andy Capp-by Reg Smythe

Em 1.958, o jornal londrino, Daily Mirror incorporou ás suas páginas de Comics, uma tira humorística desenhada por Reginald Smythe, Andy Capp. O nome na pronúncia inglesa, tinha duplo significado.Tanto indica o diminutivo de Andrew, agregado com Capp, típico boné quadriculado, que os ingleses gostam de usar, como também "handicap", a vantagem que em muitos esportes, o concorrente mais forte dá ao mais fraco.

Andy Capp (que no Brasil ganhou o expressivo e acertado nome de Zé do Boné), e sua esposa Florrie conquistaram os leitores ingleses. De certa maneira eles representavam, com algumas nuances sutis,o Pafúncio a Marocas, que os norte americanos curtiram por muitas décadas. Andy e Florrie formam um típico casal proletário inglês, só que aqui não há ditadura do matriarcado. Ao contrário, Andy não trabalha, passa a semana em casa, dormindo ou lendo jornal, enquanto Florrie dá um duro danado para manter a casa em ordem e ganhar uns trocados pelos dois. A única atividade de Andy é futebol nos fins de semana, visitas periódicas aos pubs e aos book-makers. Florrie suporta tudo com resignação e ainda tem ciúmes daquele marido inútil, "mas o seu homem".

O sucesso da história-que depois se espalhou pelo mundo inteiro, inclusive os Estados Unidos, onde é díficil tiras inglesas conquistarem espaços- prova a hábil sutiliza de Reg Smithe. No fundo , a grande maioria dos leitores identificou-se com Andy e de certa maneira gostaria de ser como ele. Na década de 60, Reg ampliando o sucesso da tira original, lançou Buster Sono. Conforme declaração do próprio criador, Reg Smythe, Andy Capp teve como modelo o seu próprio pai, embora um não seja exatamente o reflexo do outro, e sim o ponto de partida.

Em 1.958, o Daily Mirror iniciava a publicação desta tira diária,que logo se tornaria mundialmente famosa,sendo editado em mais de 500 jornais e revistas de todo mundo.Com seu boné a cobrir os olhos e um eterno toco de cigarro na boca,Andy,um perfeito espécime conney,é um vagabundo,que vive ás custas da mulher Florrie,que de avental e pano amarrado na cabeça,é quem resolve tudo em casa,inclusive sustentar os vícios do marido.Andy,quando não está dormindo no sofá,está no bar,mas sua personalidade não permite que ele fique por baixo.É orgulhoso e autoritário,fazendo que a pobre Flô sempre volte.

RELEMBRANDO... Capitão Nazi

O maior dos vilões políticos, foi idealizado por Bill Woolfolk e esboçado por Emmanuel Mac Raboy em 1.941. Embora tenha aparecido primeiramente na revista Master Comics da Fawcett, enfrentando o Homem Bala, Nazi se definiu mesmo como inimigo do Capitão Marvel Junior, quando desenhado por Mac Raboy.

Este artista confessava que Capitão Nazi fora inspirado nos oficiais de Ming (Alex Raymond) com suas malhas colantes, botas envernizadas, luvas e cabelo escovinha. Nazi tinha no peito, uma grande suástica encerrada dentro de um círculo e sobre os ombros os galões de oficial superior, que completava a figura imponente do perigoso alemão.

Após se expor ao gás gás Zyphlon 227, durante a Segunda Guerra Mundial, o Capitão Nazi conseguiu seus poderes, que incluem voar, super-força e super resistência. O Capitão Nazi (nome real Albrecht Kriger) foi alterado geneticamente e desenvolvido no "espécie perfeito" para lutar com Adolf Hitler e o eixo durante a Segunda Guerra Mundial.

Capitão Nazi, apareceu primeiro em Master Comics número 21 (Dezembro de 1.941), em oposição a Capitão Marvel e Bulletman (Homem Bala ). Durante a segunda batalha dele com Capitão Marvel em Whiz Comics numero 25 (publicado no mesmo mês), Nazi ataca dois espectadores inocentes que estavam pescando perto da cena da batalha. Um deles, um homem velho chamado Jacob Freeman, é morto, mas seu neto adolescente, Freddy Freeman, é salvo por Capitão Marvel e se torna Capitão Marvel Junior.

Aparecendo em dezenas de histórias no Globo Juvenil e Gibi Mensal, Nazi foi também desenhado por A.J.Carreno, Arthur Guise e Gene McDonald, entre outros.


Observação: já falamos sobre o Bulletman (ou Homem-Bala) aqui no blog! Basta clicar em aqui para conferir!

Clássicos HQs

ZIG ET PUCE -  CRIADOR : Alain Saint-Ogan. Histórico : Muitos críticos e historiadores das histórias em quadrinhos consideram Zig et Puce ,a primeira história em quadrinhos realmente francesa. Seu criador - Alain Saint-Ogan-foi o mestre dessa arte durante 20 anos, na França, e sua fama ultrapassou as fronteiras de seu país. Zig et Puce foram criados em 1.925, em plena época das melindrosas e do charleston. Eram dois meninos-um gordinho e o outro magro- aos quais se juntou, no ano seguinte, o pinguim Alfred. Esses três viveram dezenas de aventuras, em muitas partes do mundo, sempre procurando chegar aos Estados Unidos da América do Norte que, naquela época , era o sonho de todo adolescente. Tendo aparecido em um jornal para adultos - o Dimanche Illustré- foi surpreendente o sucesso dessa história. Saint-Ogan, revelou-se um observador vivo e cheio de humor da vida francesa,quando as aventuras dos meninos os levavam á França.depois da Segunda Guerra Mundial, Saint-Ogan foi abandonando aos poucos, a sua produção e confiou seus personagens ao desenhista belga Greg. A partir de 1.928, a editora Hachette reuniu as histórias em álbuns e, lançou as edições Strock e fizeram uma coletãnea das melhores aventuras, ainda quando eram criadas por Saint-Ogan.

VATER UND SOHN - CRIADOR: Erich Ohser.Histórico - Nome no Brasil: Xuxucão e Xuxuquinha ou Pai e Filho. Erich Osher, em 1.943, assinando-se E.O.Paulen, criou essa história,uma das primeiras na Alemanha, bem simples. Trata-se de um pai, careca, bigodudo e com grande imaginação, e de seu filhinho em aventuras da vida cotidiana. No Brasil,as aventuras de Vater und Sohn foram publicadas com a tradução de Xuxucão e Xuxuquinha, originariamente,no Mirim (do Grande Consórcio de Suplementos Nacionais), com versos de Ofélia e Narbal Fontes,na década de 40. Com o nome de Pai e Filho, foram publicados pelas Edições Melhoramentos.

JUDGE PARKER - CRIADORES : Dan Heilman e Nicholas P.Dallis. Judge Parker foi criado em 1.952. Desenhado por Heilman, e com argumentos de Dallis, um psiquiatra - é um juiz que resolve os casos mais intrincados. A História, agora, está enriquecida de casos sentimentais que envolvem a vida do juiz. O desenho-extremamente realista- foi retomado, há alguns anos, por Harold Lê Doux. Esta história foi publicada no Brasil, pelo jornal carioca, O GLOBO.

RELEMBRANDO ......... Pateta

Estamos falando do "Pateta", que apareceu pela primeira vez em 1.932, num desenho em preto e branco do "Mickey, Michey Revue", embora nessa sua primeira aparição tenha recebido o nome de "Dippy Dawg" (Dawg tem o mesmo som de Dog, cachorro,em inglês), por Walt Disney, foi apelidado pelos americanos como "Dippy the Goof (Goof, quer dizer tolo, bobão) e virou simplesmente "Goofy" por vontade popular.

Aos tradutores nacionais não restou alternativa senão adaptar o novo nome para "Pateta". Em 1.950, o primeiro gibi brasileiro do "Pato Donald" circulou com uma aventura típica do "Mickey", O Eterno Companheiro do camundongo, porém,respondia pelo nome de "Dippy". Era o mesmo trapalhão conhecido como "Pateta". Ainda no universo Disney, as tiras de jornais,criadas por Floyd Gottfredson na década de trinta mostravam a casa de 'Mickey" infestada de sobrinhos. Como dava uma tremenda mão-de-obra rabiscar tantos ratinhos, os artistas de estúdio combinaram que a prole seria reduzida a uma dupla :- "chiquinho e Francisquinho". Mas a escalada do "Pateta" teve muitas performances até chegar ao estágio atual.

Ele começou com coadjuvante do "Mickey" e do "Donald" em vários desenhos da década de 30. Quando a Disney parou de produzir curtas para cinemas, o personagem foi rareando em suas aparições cinematográficas. Nos gibis, continuou como coadjuvante "Mickey"e, nos anos 60, recebia uma dose de superpoderes, graças aos seus super amendoins : surgia nos gibis , o "Super Pateta", sob o traço de Paul Murry, então o principal desenhista do "Mickey". E esse super herói estranho, cujo uniforme é uma roupa de baixo, continua voando até hoje nos quadrinhos.

Nos anos 80, o "Pateta",virou mascote da Seleção Olímpica e fez algumas aparições em especiais de TV, sem contar com a clássica ponta que teve no filme de Roger Rabitt. Nos anos 90, ele saiu definitivamente do ostracismo quando virou o principal astro do programa "Goof Troop" em que, em novas aventuras ( ao todo são 78 episódios), continua fazendo sua trapalhadas, agora dividindo o estrelato com o filho "Max". E o vilão é nada menos que o famigerado "João Bafo de Onça", que agora vem a ser o vizinho do "Pateta". Os dois vivem uma série de desventuras domésticas. Mas os filhos, ao contrário dos pais,são bem amigos.

RELEMBRANDO..... Recruta Zero

Quando foi publicado pela primeira vez no dia 04 de Setembro de 1.950, o Zero não passava de um estudante.Bem ... cá entre nós, ele já era desengonçado e preguiçoso desde aquela época. Com o passar do tempo, Mort Walker, seu criador,foi alterando o rumo das histórias e o Zero finalmente se alistou no exército em Março de 1.951.

Zero, (Beetle Bailey),começou sua aventura pelos quadrinhos em 1.950, como estudante universitário, mas o público não reagiu - talvez pelo tema não pertencer ao cotidiano dos leitores - e a tira estava para ser "arquivada" pela distribuidora King Features Syndicate, após um ano de publicação. Mas,Mort Walker , com o início da Guerra da Coréia , resolveu alistar seu personagem e tudo mudou.

 Logo a tira passou a ser publicada em cem jornais diários e mantém até hoje uma popularidade invejável. Com a mudança de argumentos da tira, os antigos personagens secundários foram abandonados, excetuando os pais de Zero. Havia a necessidade de novos companheiros para o recruta,assim surgiu alguém para colocar o Zero na linha, o escolhido foi o Sargento Tainha (Sargeant Snorkel), ou -simplesmente- Serge.

No ínicio,Tainha era magro, esticado, tinha mulher e filhos, e seu dente saliente" dançou" por sua boca (começou com dois,na arcada superior) e acabou no canto direito do maxilar inferior. Com o tempo, virou um gorducho comilão e tem como companheiros inseparáveis uma pizza e seu cachorro Oto.. Durão, tagarela,sentimental e de cara amarrada, o Sargento Tainha é o contraponto ideal para a personalidade do Recruta Zero, um tempêro bem dosado para a "estadia" no Quartel Swampy;

RELEMBRANDO .... A PODEROSA ISIS

Durante uma expedição no Egito, a professora AndréaThomas encontra uma caixa contendo um medalhão. Ao coloca-lo na cabeça, ela torna-se capaz de ler os hierógrifos na caixa. As escritas lhe ensinam a mágica do medalhão que a transforma na deusa Ísis. Ao pronunciar em voz alta a frase :" Poderosa Ísis ", Andréa ganha super poderes, sendo capaz até de voar, juntamente com um uniforme com enfeites egípcios. Deste dia em diante,Andréa passa a dedicar-se a combater o crime e as injustiças.

Ninguém conhecia seu segredo, nem mesmo seu colega, o professor Rick Mason ou seus alunos, Renee Carrol e Cindy Lee. Ás vezes, Ísis buscava a ajuda de seu amigo Shazam para resolver algum mistério. Para completar Andréa tinha um gato chamado Tut.

QUEM FOI ÍSIS? Na mitologia egípcia,Ísis, era filha de Keb e Nut, que representavam o céu e a terra, e era casada com seu irmão Osíris, o qual passou a governar a terra sucedendo o deus Sol, Rá. Porém o deus do mal, Seth, irmão de Osíris e Ísis acaba por matá-lo para assumir o poder e joga seu corpo em pedaços,no Rio Nilo. Ísis ajuda seu filho Lloro a derrotar Seth, assumindo o trono de seu pai; Após longa busca, Ísis, detentora do conhecimento da vida e da morte, resgata o corpo do marido mumificando-o e lhe devolvendo a vida. Mas agora Osíris decide ser rei no reino das almas. Diz a lenda que Ísis teria ensinado aos egipcios a Ciência da Mumificação e Osíris teria sido a primeira múmia egípcia. Ísis é considerada como a iniciadora,aquela que detém o segredo da vida e da morte e da ressurreição.

Quem foi criança nos anos 70, com certeza assistiu a Poderosa Ísis. Ela era apresentada pelo SBT juntamente com Shazam,, Ark II, Mulher Elétrica e Garota Dínamo e tantas outras. A série foi produzida pela Filmation Ptoductions uma famosa empresa de desenhos animados. Naquela época, as emissoras americanas exibiam aos sábados pela manhã, uma programação voltada á animação.

A Filmation já tinha um lugar fixo com suas produções, mas queria investir em séries com atores direcionadas ao público infantil e mais histórias dedicadas á ficção científica. Assim sendo,começou a produzir várias séries de meia hora de duração, entre elas A Poderosa Ísis (Shazam, Ísis Hour). A príncipio,a série era apresentada junto com Capitão Marvel, o Shazam. Mas após seu cancelamento,em 1.977,a exibição de Ísis continuou sózinha,mudando o titulo para The Secret Ísis.

RELEMBRANDO...... Betty Boop

Betty Boop foi a primeira garota realmente sensual dos desenhos animados. Apareceu pela primeira vez há 75 anos, criada pelos irmãos Dave e Max Freischer e pelo desenhista e animador Grim Natwick. Foi Natwick que desenvolveu sua versão humana (antes ela era uma cachorrinha), no desenho Dizzy Dishes (1.930). Os companheiros inseparáveis de Betty eram Bimbo, um cachorrinho, e Ko-Ko,um palhaço. Ela usava um vestido mais que mini,que deixava o elástico das meias a mostra. Hoje em dia é meio difícil de entender, mas na época seus desenhos eram considerados muito fortes, tanto que a comparavam com a escandalosa atriz Mae West.

"Snow West" (Branca de Neve de 1.933), é um dos melhores desenhos que os Fleischer fizeram para a personagem., nessa versão da história, o Espelho Mágico se apaixona por Betty, e a rainha, furiosa, se transforma numa bruxa e depois num dragão. O estúdio gostava de misturar personagens animados e atores de verdade, e assim muitos músicos de jazz faziam pontas nos desenhos. A participação mais importante foi a do cantor Cab Calloway, que geralmente fazia papel de fantasma.

Os desenhos se destacavam por serem muito diferentes das produções de Walt Disney. Enquanto Disney usava os elementos de cenário apenas para avançar a história, nos desenhos de Betty Boop, elas eram parte integrante da narrativa. Tudo se mexia. As casas, as pedras e até o gelo falavam e mudavam de forma. Ainda em 1.933, a gatinha recebeu um convidado muito especial vindo de uma tira de quadrinhos. Era ninguém menos que Popeye, que pois tomaria o lugar dela.

Na metade dos anos 30, no auge da fama, Betty sofreu um golpe do qual jamais se recuperaria. O Hays Office (os puritanos de Hollywood), achava que as roupas de Betty Boop não eram próprias para uma moça de família e forçou os desenhistas a aumentarem o vestido. O decote desapareceu. O público reclamou. Devolveram sua liga, mas ela nunca foi a mesma.

Seu último filme foi "Rhythm on the Reservation",de 1.939. Depois disso, Betty Boop só apareceu em tiras de jornal e programas de rádio. Suas chances de ressurreição só melhoraram quando Max Fleicher morreu, em 1.972. A Família voltou a usar sua imagem e em 1.981, correu o boato de um show na Broadway que nunca foi visto.

As últimas aparições públicas de Betty Boop foram no especial de meia hora " Betty Boop´s Hollywood Mistery} (1.990)", comemorando seu 60º aniversário, e em " Uma Cilada para Roger Rabitt", 1.988, onde ela ficou um pouco ofuscada pela exuberância de Jessica Rabitt.

RELEMBRANDO.......... Fantasma

O Fantasma é um personagem de banda desenhada, criado por Lee Falk (também o criador do Mandrake,o mágico), contando as aventuras de um combatente do crime, mascarado e usando uma roupa característica. A série começou a ser publicada em jornais diariamente em 17 de janeiro de 1.936, e aos domingos, com edição colorida, em maio de 1.939, continuando até os dias atuais (2.,006). Falk encarregou o desenhista Phil Daves do desenho de suas histórias.

O Fantasma foi o primeiro super-herói a usar um uniforme característico desse tipo de publicação. Com o tempo, passou a ser publicado em revistas em quadrinhos, como republicação das tiras de jornais e, depois com histórias completas originais. No Brasil,o personagem se tornou muito popular, e foi publicado por décadas em revista própria da Rio Gráfica Editora (RGE).

O Fantasma usa uma mascara preta e um uniforme colante roxo. Seu criador, Lee Falk, originalmente previu um uniforme cinza, mas quando a primeira edição dominical colorida saiu, por problemas gráficos, a cor era roxo e, assim foi mantida. Após algum tempo, ele criou uma história sobre um ídolo da selva que teria essa cor, inspirado no uniforme.

Editores que publicaram as histórias antes de 1.939 escolheram a cor segundo suas preferências ou possibilidades gráficas. Então ao redor do mundo, o herói tem cores diferentes, como azul na Escandinávia, vermelho na Itália, Brasil e Turquia, marrom na Nova Zelândia e roxo no restante do mundo.

Nós, a Sós

Quantos somos? Não vale a pena levantar estatísticas, jogar com os números melancólicos como se fossem bolas entre as mãos ágeis de um politiqueiro. Nós não somos números, somos homens terrivelmente sós. Não importa saber quantos somos. O que importa, de vez em quando, chegado o momento de fechar a conta corrente de mais um ano que finda, e saber de que maneira suportamos a companhia de todos os momentos : a Solidão.

Alguns buscam o atordoamento e se divertem de todos os modos que encontram a mão. Outros preferem uma espécie de esquecimento mais nobre e se entregam ao trabalho como lenitivo e como veículo de ajustamento emocional. Há os mais infelizes,que procuram o esquecimento no vício ou na morte voluntária. Destes não falaremos, só lhe daremos a nossa profunda ternura que se chama Piedade e há , finalmente, os que procuram DEUS. Há quem vá procurá-lo na igreja, e, sem dúvida, lá poderá ser encontrado.

Mas para quem quer buscar consolo e felicidade,há um caminho mais reto para DEUS. Este é o mês do Grande Encontro.Este é o mês que todos se preparam para olhar seu semelhante como se fosse realmente um irmão.Este mês todos são Abel, sem nenhum Caim. Milhares de corações estiveram neste Natal com um sentimento de solidão ainda mais enraizado no peito. Porque, no instante em que todos estão ao redor de uma mesa, celebrando a ceia por excelência, talvez muitos não tiveram e não tenham a quem convidar para a comunhão da amizade ou do amor. Porque somos milhares e embora não queiramos levantar estatísticas, temos que reconhecer que somos milhares "nós", os solitários.

O amor veio, ou não veio. A vida trouxe riso ou lágrima, com certeza trouxe as duas coisas. O certo é que ,para jovens ou velhos ,somos sós.... Não importa quanto sejamos , não importa que estejamos a milhares de quilômetros uns dos outros. O que importa é que, nessa noite feliz, pensemos uns nos outros. A solução certa seria se, nessa noite feliz, pensássemos fazer das solidões uma Comunhão. NESTES DIAS FESTIVOS, QUANDO A HUMANIDADE, ENVOLVIDA NUMA AURA DE PAZ E DE LIBERDADE, COMEMORA O NASCIMENTO DO MENINO JESUS E O ADVENTO DO ANO NOVO, ENVIO A TODOS OS MEUS MELHORES VOTOS DE VENTURAS E PROSPERIDADE.

Batman: um personagem que conhece bem de perto o que é a solidão!

RELEMBRANDO ....... Robin Hood

A Floresta de Sherwood, reino incontrástavel de Robin Hood e dos seus alegres companheiros. Como também conta um arrasador romance de Alexandre Dumas, publicado pela primeira vez em 1.872, na Inglaterra do século XII, quando os conquistadores nórdicos não perdiam a chance de humilhar os saxões que haviam derrotados e subjugado, uma pitoresca confraria de salteadores decidiu restabelecer, a seu modo, a justiça, optando por "roubar dos ricos para dar aos pobres ".

Ninguém sabe dizer com certeza se o arqueiro por antonomásia tenha existido realmente (parece que, em 1.262, o nome Robin Hood já fosse um pseudônimo de bandido) ou se, feitas as contas, ele seja apenas um personagem de pura derivação mitológica (segundo alguns estudiosos, o sobrenome Hood descenderia do nome do deus escandinavo Hodr, o Guerreiro). De certo, a fantasia popular - de ontem e de hoje - sempre gostou de pensar que pudesse existir um ladrão capaz de gestos nobres, forçando-se a esconder, depois de ter lutado contra a tirania e a injustiça, numa cidade toda sua.

Talvez numa fortaleza natural, ao mesmo tempo confrontante e impenetrável, feita de tílias e de carvalhos, como no caso de Sherwood, ou de cipós e bambus, como no caso da Ilha de Mompracen , na qual reinavam o pirata Sandokan e seus tigres da Malásia .... " Somos homens da floresta...como bandidos todos os dias vivemos ...os cervos do rei nós caçamos de logro... outra escolha não temos ...", dizia o Robin Hood de uma balada do século XV.

A lenda de Robin Hood e de seus alegres companheiros bem representa a idéia de um mundo a parte,a floresta de Sherwood neste caso, quem dita as leis ... são os fora-da-lei! Entre os tantos Robin Hood postos em cena pelo cinema e pelos quadrinhos, os mais envolventes são aquele interpretado por Errol Flynn num filme de 1.938, dirigido por Michael Curtiz e William Keighley,e aquele encontrado por Mickey Mouse numa célebre história de 1.936.

Errol Flyn dando vida ao arqueiro Robin Hood

RELEMBRANDO ........ Labareda

Quando Bette Kane entrava numa quadra de tênis, a arquibancada vinha abaixo com assobios, gritos e outras expressões de admiração. Loira,olhos azuis e linda, Bette se aborrecia com tanta bajulação. Extremamente competitiva, ganhadora de diversos campeonatos e concursos, ela precisava de novos desafios. Desde criança, Bette tinha uma queda por Robin, o menino prodígio ( atualmente conhecido por Asa Noturna ), e escreveu a ele diversas vezes, sem obter resposta.

Isso só aumentou sua determinação de conquista-lo. Ao completar dezesseis anos, decidiu que já era tempo de conhecer Robin, e á maneira dela. Conseguindo uma brilhante roupa vermelha e dourada, adotou o codinome de Labareda. E, mesmo se arriscando em alguns atos de coragem, a jovem ainda assim não obteve resposta de Robin. Frustada,voltou a vida normal de estudante, desistindo de sua conquista, mas continuou a buscar novos desafios ( paraquedismo,vela,alpinismo.... tudo fazia sua taxa de adrenalina subir por uns instantes).

Nada, porém, se comparava à emoção de combater o crime. Assim Bette Kane retomou sua carreira de Labareda e, após algumas aventuras, tornou-se membro-fundador dos Titâs da Costa Oeste. Infelizmente, sua alegria durou tão pouco quanto a equipe. Hoje, ela está de volta as quadras de tênis, topando todo e qualquer desafio, veste a roupa vermelha e dourada com sua famosa capa e deixa Labareda se divertir um pouco.

Poderes e armas: Labareda é uma atleta olímpica,acrobata e nadadora.Recebeu tratamento nas diversas formas das artes marciais.Assim como seu herói inspirador,el possui um cinto de utilidades,que contém uma corda com ganchos,sinais luminosos,bombas e máscara de gás,lanterna,rádio transmissor algemas e discos de arremesso entre outras coisas. Primeira aparição : Secret Origins Annual number 3 (Superpowers 19).

RELEMBRANDO.......... Dick Tracy

Data de criação: Outubro de 1.931. Criador : Chester Gould. Nascido na pequena cidade de Pawnee, Oklahoma em 20 de Novembro de 1.900. Viria a falecer em 11 de Maio de 1.985. Começou como caricaturista, profissão que lhe proporcionou um refinado humor. Gould defendia em seu trabalho o American Way Life (algo como estilo de vida do americano) mas sua principal virtude, segundo alguns experts da história em quadrinhos,f oi conseguir mesclar o realismo das cenas dramáticas, com o surrealismo caricato dos bandidos deformados.

Talvez esteja aí o segredo de tanto sucesso de Dick Tracy , uma série de tirinhas publicadas no Suplemento Dominical do jornal Detroit Mirror. Na tentativa de encontrar o assassino do pai de sua noiva, Tess Trueheart, Tracy acabou por acaso, entrando para a polícia. E vê-lo observar bandidos em circuitos de tv ou obtendo informações através de gravações nada convencionais, Tracy também tem um lado impulsivo. É capaz de fulminar seus inimigos com uma rajada de raios laser ou simplesmente esburacá-los com sua Magnum.

Não é difícil encontrar este tira durão em apuros. Ás vezes sendo prensado por paredes mecânicas, sofrendo as mais cruéis torturas ou ainda levando tiros certeiros. Por mais bandidos que Dick tenha acertado, e por mais violência que ele tenha sofrido.... Uma coisa sabemos : "Ao final de cada história, mais um caso complicado estará resolvido".

PRINCIPAIS ALIADOS : os detetives Sam Catechem e Pat Patton, além do garoto Kid. INIMIGOS : Prune Face ( Cara de Ameixa), Flattop (Cabeça Chata), The Black (o Descarado) e Big Boy Caprice,entre outros. CRIADORES : Foi um dos inimigos de Dick Tracy, Flattop Jr., quem inventou o carro de 1.001 utilidades, mais tarde consagrado anos, pelos filmes de James Bond, o 007. O ARTISTA da pop música americana Andy Warhol imortalizou Tracy em um de seus painéis.

 Chester Gould desenhou suas tirinhas até Dezembro de 1.977. Imediatamente após sua aposentadoria, as tiras de Dick Tracy, foram assumidas pela dupla Allan Collin e Rick Fletcher.G ould tinha a mania de enterrar simbolicamente, no quintal de sua casa, todos os bandidos mortos por TRACY.

Curiosidades:

- Em 1990 foi lançado o filme "Dick Tracy" com atores reais. Warren Beaty deu vida ao detetive Dick Tracy. Glenne Hedley interpretou Tess Trueheart, a namorada de Dick. Além de al Pacino como o vilão Alphonse "Big Boy" Caprice, Madona como a irresistível cantora Breathless Mahoney e outros nomes de peso no elenco.