Muita gente comprava e compra quadrinhos infantil no Brasil. O primeiro
gibi infantil brasileiro de sucesso foi o Pererê, de Ziraldo, no início
dos anos 60. A turma da Monica nos anos 60, mas principalmente nos anos
70, também alcançou sucesso de vendas. As mudanças políticas e culturais
por que passou o país , durante a administração militar, só não alteraram a
continuidade dos trabalhos de Maurício de Souza.
A primeiríssima versão
do Pererê de Ziraldo estava afinadíssima com um momento de conexão
cultural que não se repetiu mais. Eram histórias em quadrinhos muito
comprometidas com a renovação, então, em curso. No Brasil, o
desenvolvimento do arsenal expressivo das histórias em quadrinhos se deu
de modo bastante mais sofrido e pobre que nos lugares de onde se
importava a maioria das HQs aqui publicadas.
O encontro das palavras com
imagens, na narrativa de história em quadrinhos impressa, aconteceu com
um estranhamento muito mais que na Europa ou na Argentina. Ainda para
prosseguir a comparação com a Argentina, sabendo que se trata de país
, cuja Capital tem mais livrarias que o Brasil todo, cabe assinalar que
desde os anos 50, esse país vê seus desenhistas e roteiristas
participarem de diversos mercados europeus de quadrinhos,como o
italiano, o espanhol e o inglês.
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