"Policarpo Quaresma " o segundo foi igualmente desdenhado pela 
crítica. Mesmo contos hoje considerados obras primas, como " O Homem que 
sabia Javanês ", conseguiam passar despercebidos. A velha dobradinha, frustações /alcoolismo encontrou um receptor perfeito : além da 
decepção pelo fracasso literário, Lima Barreto já vinha de uma situação 
familiar complicada - o pai era pobre e louco - agravada por seus 
próprios complexos : era mulato e funcionário público.
 Fazia parte de 
uma nova geração de escritores, saídos de lares remediados," para os 
quais uma vitória nas letras equivalia a uma promoção social", como 
observou o crítico José Guilherme Merquior. Mas Lima Barreto não 
conheceria o gosto da ascensão social. Durante muito tempo, sua 
literatura de estética popular, o tornou conhecido como mero cronista da
 sociedade carioca da Primeira República.
 Mesmo a linguagem falada nas 
ruas, que transpunha para seus livros, era tida pelos críticos da época 
como sinal de "desleixo " e não como algo inovador moderno - ponto de 
vista que se adotaria mais tarde. Na última década de sua vida, Afonso 
Henrique de Lima Barreto, concluiu sua obra entre delírios provocados 
pelo álcool e duas passagens pelo manicômio.

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