segunda-feira, 8 de maio de 2017

RELEMBRANDO ......"​, o Triste fim de policarpo Quaresma "​ - Parte II de II

"Policarpo Quaresma " o segundo foi igualmente desdenhado pela crítica. Mesmo contos hoje considerados obras primas, como " O Homem que sabia Javanês ", conseguiam passar despercebidos. A velha dobradinha, frustações /alcoolismo encontrou um receptor perfeito : além da decepção pelo fracasso literário, Lima Barreto já vinha de uma situação familiar complicada - o pai era pobre e louco - agravada por seus próprios complexos : era mulato e funcionário público.

 Fazia parte de uma nova geração de escritores, saídos de lares remediados," para os quais uma vitória nas letras equivalia a uma promoção social", como observou o crítico José Guilherme Merquior. Mas Lima Barreto não conheceria o gosto da ascensão social. Durante muito tempo, sua literatura de estética popular, o tornou conhecido como mero cronista da sociedade carioca da Primeira República.

 Mesmo a linguagem falada nas ruas, que transpunha para seus livros, era tida pelos críticos da época como sinal de "desleixo " e não como algo inovador moderno - ponto de vista que se adotaria mais tarde. Na última década de sua vida, Afonso Henrique de Lima Barreto, concluiu sua obra entre delírios provocados pelo álcool e duas passagens pelo manicômio.

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