Em seu desfecho, O Prisioneiro decepcionou os expectadores, pois apresentou uma conclusão enigmática, que não desvendava claramente todos os mistérios que a série propunha. Houve até um tumulto na Inglaterra, quando o último capítulo foi ao ar. " As pessoas se sentiram insultadas ao descobrirem que tudo não passava de uma alegoria", declarou McGoohan na época, completando : "Mas era essa mesma a atenção : deixar algumas pontas soltas para que cada um fizesse a sua própria interpretação." Passados vinte anos, os ecos daquela polêmica acabaram transformando O Prisioneiro numa cult séries, mas a televisão nunca mais conseguiu - ou sequer tentou - captar a essência do mundo do Número 6.
"Uma língua ainda faz uma vida feliz" |
Fora deste meio, a Marvel fez duas tentativas de transpor o seriado para os quadrinhos : a primeira, escrita e desenhada por Jack Kirby, e outra versão com argumentos de Steve Englehart e arte de Gil Kane. Por razões desconhecidas nenhuma delas jamais foi publicada. Finalmente a D.C. Comics trouxe o Prisioneiro para os quadrinhos, contratando o argumentista - desenhista Dean Motter ( de Mr. X e The Sacred and The Profane) e o co-argumentista Mark Askwith ( de Silver Snail ).
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