Em sua grande maioria, os filmes de cinema e mesmo as histórias em
quadrinhos apresentam o índio, o pele-vermelha, como vilão . Sem nenhuma
razão aparente que não o extravasamento de ódio que lhes nasciam nas
entranhas, os pele-vermelhas se entregavam ao massacre de pobres
inocentes, homens, mulheres e crianças.
Dançando ao redor de uma
fogueira, embriagavam-se com a música, a fumaça de seus cachimbos e seus
aguardentes para se lançarem ao ataque. Grande engano. Quem de nós não
reagiria se nos fossem tomados as nossas terras, nossas fontes de
alimento e água, nossos rebanhos ?
Sempre foi essa a causa da rebelia dos
peles-vermelhas. Com a chegada do homem branco europeu, ao continente
americano, seus habitantes naturais, os índios, começaram a ser rechaçados
de suas terras para que estas servissem de lar aos imigrantes
pioneiros.
Não pretendemos aqui julgar atitudes, só queremos prestar uma
homenagem aqueles que, estoicamente batalharam por seus direitos
usurpados. Como gostamos de quadrinhos e outras mídias, temos que, nos ater a
eles e para receber as homenagens, chamamos as páginas desta revista os
heróis de pele vermelha, criados sem dúvida, á mesma luz que foram criadas
as histórias de mocinhos, bandidos e índios, isto é, índio bom ou está
morto ou se parece com o homem branco em seu comportamento.
Como se assim
seus criadores estivessem expiando em parte, os pecados de terem
inventado tanta mentira , tanta sordidez ,que caíram como uma pecha sobre
todo um povo bravo ,de civilização inteiramente
diferente, indefeso, incapaz de por outra forma de chamar a atenção
pública para o grande drama que estava vivendo.
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