Corria o ano de 1.938. Época em que os "Comics Books" ( as revistas em
quadrinhos) começavam a aparecer nos EUA. A Fiction house lançou "Jumbo
Comics", no primeiro número entre, várias outras histórias estava
"Sheena, Queen of the Jungle". Uma narrativa de apenas 5 páginas, mal
desenhada, como todas as outras da revista, mas que, marcaria época, pois
seria o ínicio, o modelo, a inspiração para uma série de historietas de
heroínas das selvas, uma espécie de Tarzan feminino, que apareceria nas
décadas de 40 e seguintes.
Sheena, a Rainha das Selvas, foi uma das mais
populares heroínas dos quadrinhos da década de 40 e precursora de
dezenas de imitações ( Nyoka, Camila, Rulah, Tiger Girl, Jann of the Jungle
e outras), que aproveitaram o filão aberto por ela, num campo onde até
então, Tarzan era o senhor absoluto. Sheena foi criada em 1.937 por Will
Eisner e S.M. Iger, para publicações em jornais, mas foi nas revistas de
histórias completas que atingiu a fama.
No primeiro número de "Jumbo
Comics" (1.938), ela fez sua estréia, com texto de William Thomas e
desenhos de Mort Meskin, e a partir de então, tornou-se o carro chefe da
fabricação, além de ter a sua revista própria : "Sheena,Queen of the
Jungle". Ela logo se tornou a historieta principal de "Jumbo
Comics", aparecendo em todos os 167 números da revista (até março de
1.953), e a sua própria revista, "Sheena Comics", circulou por 18 números.
Mort Meskin foi o primeiro desenhista de Sheena, mas foram Bob Powel
e, principalmente, Robert Hayward Webb aqueles que mais desenharam Sheena e
melhor souberam interpreta-la visualmente. Ela sempre foi atribuída a
W.Morgan Thomas. Mas tal pessoa nunca existiu, era apenas um nome fictício
para os diversos escritores da Fiction House que escreviam Sheena, como
Ruth A. Roche ou Manning Lee Stokes.
Sheena vivia na Africa, naquelas
selvas imaginárias, palco de aventuras de tantos heróis, mas impossível de
se localizar num mapa do continente negro. Suas aventuras eram
simples, quase sempre centralizadas na questão de proteger os nativos
contra a ambição dos homens brancos e de outros nativos já corrompidos
pelos brancos.
Sheena lutava na melhor tradição de Tarzan. Derrubava com
os punhos os homens mais fortes e com um simples punhal, em combate corpo
a corpo, liquidava qualquer fera e se balançava pelos cipós também. O
papel de Bob nas histórias de Sheena nunca foi claramente ilustrada,e
sempre esteve presente em segundo plano. Não era o herói que salvava a
mocinha, mas a heroína quem estava sempre indo em socorro do mocinho.
No
Brasil, Sheena estreou nas páginas do "Suplemento Juvenil". Mais tarde, no
final da década de 40 e nos anos 50, seria publicado em várias revistas
da EBAL, entre elas "O HERÒI", Album Gigante" e Super-X, além de outras
editoras menores.
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