quarta-feira, 15 de março de 2017

Quadrinhos, a "A Oitava Arte"

Mad veio na frente da onda da contracultura , o movimento que começou a questionar os mecanismos da industria cultural, considerada alienante. Nascia o underground no mundo inteiro, com sua produção alternativa por "baixo" dos valores consagrados.  Esse movimento acabou revitalizando a linguagem dos quadrinhos, que passou a incorporar auto-referências - algumas vezes nada lisonjeiras.



 A década de 60 foi marcada por um grande revival do classissismo da " era de ouro ", por parte dos europeus, que começaram a encarar as HQs como uma verdadeira forma de arte. Junto ao surgimento dos primeiros centros de estudos europeus, Asterix,criação de Urdezo e Goscinny,e, Corto Maltese, do italiano Hugo Pratt, se tornaram verdadeiras coqueluches no mundo todo.



Na América surgia Stan Lee, criador da linha de roteiros introspectivos para os novos super-heróis. Surfista Prateado é um dos seus típicos personagens angustiados. Depois que a França lançou a revista Metal Hurlant, da qual nasceria a americana Heavy Metal, já nos anos 70, as histórias em quadrinhos ganharam definitivamente o status de arte.



O formato dos álbuns de luxo se tornou popular, dando impulso ao refinamento da produção e ao surgimento de uma geração de verdadeiros artistas, como os americanos Frank Miller, que bagunçou a vida dos super-heróis, com a reformulação do caráter do Batman, e Bill Sienkiewcz, o italiano Milo Manara, o iuguslavo Enki Bilal e o francês Jean Giraud ( Moebius ).



Com o crescimento do número de leitores de quadrinhos,em pouco tempo os maiores entusiastas do gênero terão sua ambição realizada : ver as HQs desconhecidas como a "oitava arte ", como aconteceu há não muito tempo com o cinema.

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