Mad veio na frente da onda da contracultura , o movimento que começou a 
questionar os mecanismos da industria cultural, considerada 
alienante. Nascia o underground no mundo inteiro, com sua produção 
alternativa por "baixo" dos valores consagrados.  Esse movimento acabou 
revitalizando a linguagem dos quadrinhos, que passou a incorporar 
auto-referências - algumas vezes nada lisonjeiras.
 A década de 60 foi 
marcada por um grande revival do classissismo da " era de ouro ", por 
parte dos europeus, que começaram a encarar as HQs como uma verdadeira 
forma de arte. Junto ao surgimento dos primeiros centros de estudos 
europeus, Asterix,criação de Urdezo e Goscinny,e, Corto Maltese, do 
italiano Hugo Pratt, se tornaram verdadeiras coqueluches no mundo todo.
Na América surgia Stan Lee, criador da linha de roteiros introspectivos 
para os novos super-heróis. Surfista Prateado é um dos seus típicos 
personagens angustiados. Depois que a França lançou a revista Metal 
Hurlant, da qual nasceria a americana Heavy Metal, já nos anos 70, as 
histórias em quadrinhos ganharam definitivamente o status de arte.
O 
formato dos álbuns de luxo se tornou popular, dando impulso ao 
refinamento da produção e ao surgimento de uma geração de verdadeiros 
artistas, como os americanos Frank Miller, que bagunçou a vida dos 
super-heróis, com a reformulação do caráter do Batman, e Bill 
Sienkiewcz, o italiano Milo Manara, o iuguslavo Enki Bilal e o francês 
Jean Giraud ( Moebius ).
Com o crescimento do número de leitores de 
quadrinhos,em pouco tempo os maiores entusiastas do gênero terão sua 
ambição realizada : ver as HQs desconhecidas como a "oitava arte ", como 
aconteceu há não muito tempo com o cinema.





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