terça-feira, 28 de março de 2017

RELEMBRANDO..... Nick Holmes

Alto, forte, simpático, o detetive Rip Kirby, que no Brasil é conhecido por Nick Holmes, teria tudo para ser um daqueles heróicos personagens que resolvem seus casos usando unicamente a força, a habilidade nas lutas marciais ....a violência, enfim. Mas o herói que Alex Raymond criou, depois de seu desengajamento da marinha americana, onde servira como capitão, é bem diferente.



Usa óculos, fuma cachimbo. joga xadrez, é culto, inteligente, conhece música clássica e aprecia pratos e vinhos franceses. A volta desse herói romântico, surge um mundo de bandidos,chantagistas, advogados desonestos pistoleiros e outros personagens á margem da lei. Mas, sejam quais forem os perigos que enfrente, Nick sempre conta com a ajuda de seu fiel mordomo Desmond ( Duarte, no Brasil ), um ladrão regenerado que, graças ao seu conhecimento do submundo, é muito útil a seu patrão. A linda manequim Honey Dorian além de ser sua namorada, é também parceira constante nas aventuras.



Com esses três personagens de tão marcante personalidade e de tantos recursos, Alex Raymond iniciou uma série de histórias em tiras que começaram a sair nos jornais americanos em 04 de março de 1.946, alcançando logo grande sucesso que se prolongou até sua morte em 06 de setembro de 1.956, em um acidente de carro. A partir daí Nick Holmes passou ás mãos de John Prentice,que se mostrou á altura de suceder Raymond, superando uma longa fila de candidatos á vaga do grande mestre.



Seu desenho seguia tão de perto o de Raymond que o King Features Syndicate desafiava os editores dos jornais a descobrirem quando este havia parado e aquele começado, pois Raymond deixou uma história incompleta que foi terminada por Prentice. A partir daí, ao contrário do que se poderia imaginar, Nick Holmes ganhou um novo impulso e começou a aparecer em um número maior de jornais.



Em 1.952, Fred Dickenson começou a escrever os roteiros das histórias, ficando Alex responsável pela arte. Ex-repórter policial , Dickenson fez a cobertura de muitos crimes famosos daquela época como a procura de Dillinger e a captura do raptor do filho do ás da aviação Charles Lindbergh. Essa bagagem profissional tornou-o perfeito para escrever as histórias do detetive Nick Holmes, pois conhecia como poucos o mundo do crime e o modo de agir da polícia.

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