quarta-feira, 8 de março de 2017

RELEMBRANDO ....... Teréré

Teréré, de Ralph Fuller ,também da década de 30 ,foi ressuscitado pelo Gibi Semanal. Seu sucesso com um "comic que é cômico ", foi comprovado. É impossível ler as loucas peripécias do Marquês de Teréré, sem dar boas gargalhadas.

O episódio " O Duque da Ouriceira ", tem todos os ingredientes da comicidade de Fuller: Situações grotescas, parodiando o " Tempo do Rei Arthur", personagens ingênuos e um final sempre feliz. Teréré é realmente um dos melhores personagens de histórias em quadrinhos de todos os tempos.

As aventuras, engraçadíssimas , transportam a gente para um tempo em que os grandes problemas da humanidade ( ou seja,da corte do rei Arthur), resumiam-se ás maldições da Fada Morgana, visitas do Califa de Damascuta, racionamento de manteiga, justas entre cavaleiros e centauros,  retratos de lindas princesas e transas incríveis com o Mago Merlin.



Ralph Fuller vendeu as primeiras aventuras de "Oaky Doaks ". Coulton Waugh, escritor e quadrinhólogo, conta que no dia l6 de Outubro de 1.936, estava passando pela mesa do editor da Associated Press, quando viu umas tirinhas em cima. Interessou-se. "É um novo herói",explicou o editor. "Desta vez conseguimos um "comic" que é cômico!



A receita de Fuller: um cavaleiro que estréia com armadura de latão feito em casa, que em vez de que a simples visão de uma moça bonita o faz ficar ruborizadíssimo, tem a força de um touro, a inocência presepial de um jumento, um queixo de fazer inveja aos mascadores de tabaco do velho oeste e um lugar muito especial na corte do Rei Arthur.



O aspecto mais marcante do humor de Teréré é a ingenuidade, tanto no traço quanto ao texto. Mas uma ingenuidade tão espontânea que não deixa furos, ou seja, o autor não está propriamente querendo fazer esse tipo de humor para ser original - ele é original exatamente porque faz isso com naturalidade.



E, se por um lado o desenho é bastante antiquado até mesmo para 1.936, por outro lado poucos desenhistas conseguiram aproveitar tão bem os limites do quadrinho, "utilizando-o como um palco em que se sabe o local exato de cada figura no espaço,e onde a perspectiva nunca se confunde."

Ralph Fuller

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